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MALÍA

Acordo sentindo uma leve dormência no meu braço. Está calor, e percebo que o dia está amanhecendo. Em Urd faz muito calor, tanto calor que estou toda suada, deve tá uns 35 graus aqui, sinto saudade de Bozzena, de sentir a ponta do meu nariz gelada e da chuva. Em toda minha vida nunca senti tanto calor desse jeito.

Sinto um alívio imenso ao notar que Adrian não está no quarto, quando desmaiei ele me pegou no colo e ouvi ele dizendo que ia me levar para "o nosso quarto" antes que eu enlouquecesse não vi e nem ouvi mais nada.

— Mas que... Droga! – falei ao me notar no espelho que estou somente com minhas vestes de baixo do "Habito" é quase uma camisola, uma camisola abaixo dos joelhos, mas ainda é. Percebo que ainda estou de calcinha e sutiã, prefiro não acreditar que Adrian fez alguma coisa enquanto eu dormia.

Saio do quarto e me encontro num corredor enorme e aparentemente sem fim. Odeio castelos, são enormes e tem muitos quartos e muitas escadas, sinto falta do convento.

— Não Príncipe Adrian! – ouço a voz de uma mulher vindo de um dos quartos dos corredores

— Cala a boca! – disse a voz do Adrian dessa vez

Começo a andar devagar na direção onde está vindo o barulho. Será que Adrian está... Fazendo mal pra alguma mulher? Bem se ele está fazendo com alguém capaz que fez pior comigo, ele disse que eu não podia andar sozinha nas ruas, disse que eu poderia ser até estuprada por alguém, acho que ele seria capaz disso.

— Meus braços... – a mulher diz novamente

Estou com medo e assustada, e estou atrás da porta onde tudo está acontecendo.

— Gosta assim...? – Adrian pergunta e eu franzo o cenho

Empurro a porta e tomo um susto. Me deparo com uma mulher amarrada no alto, suas mãos estão esticadas e suas pernas também, ela estava com um riso no rosto, mas desfaz ao me ver, Adrian está pelado na parte de baixo, não consigo ver muita coisa porque ele usa uma camisa abaixo da cintura

— Adrian! – a moça diz e ele se vira pra mim tampando... Suas partes. Percebo que os braços da moça estão machucados

— Malía! – Adrian diz um pouco assustado

Imediatamente saio correndo daqui, comecei a descer o primeiro ramo de escadas que vejo. Sinto muito medo, de alguma forma, só consigo correr sem parar, meu coração pulsa forte e estou com tanto fôlego que correria por horas!

Me vejo correndo fora do castelo, passo pelos guardas e pelo portão.

— Ei, moça! – sinto alguém segurar forte meu braço

— Me solta! – gritei com o segurança

— Volte pra dentro! – ele continuou me agarrando – agora!

— Está machucando meu braço! – tentei me soltar já que ele me aperta – solta meu braço!

O homem me empurra para dentro do castelo. Estou no jardim. Mal percebo o ambiente pelo medo e desespero. Eu só quero sair daqui! E acho que estou tendo uma crise de ansiedade.

— Me deixe passar! – falo com tom de autoridade e ele não responde nada. Passo novamente entre ele e o segurança novamente segura meu braço. Nessa hora, Lupus aparece atrás de mim, bem manso enquanto rosna para o segurança. – Me solta!

O segurança me encara e encara Lupus, com medo. Lupus está centímetros do segurança que acaba de me soltar e passo pelo portão a fora.

— É Melhor não sair! – o segurança diz – os infectados pelo vírus estão lá fora.

A Freira e o Príncipe - +18Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt