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— Prenda ele na maca!

— Não... Espere... Pegue o bisturi! Precisamos abri-lo!

— Ainda não, ele está com hemorragia interna! Precisamos terminar de construir os tecidos antes de fazer alguma coisa! O estômago dele não vai mais funcionar!

— Doutora, uma das balas está próximo ao pulmão, precisa que imprime outro?

— Hãm... Por via das dúvidas, é melhor sim.

Me contorço na maca gritando a plenos pulmões de dor

— Doutora, a anestesia não está funcionando!

— É normal, algumas pessoas podem ter uma tolerância mais alta para anestesia, aplique morfina.

— Quanto doutora?

— 60 mg para não causar overdose. - Senti suas mãos entrarem dentro de mim

— MERDA! O QUE ESTÃO FAZENDO COMIGO?! ME MATEM! EU PREFIRO MORRER, EU IMPLORO! - Grito sentindo uma dor inexplicável enquanto espremo os olhos com força

— Pelo amor de Deus! Salvem o meu filho!! - Ouço a voz do meu pai. Mas não consigo abrir os olhos

– Tirem o Rei da sala! - Ouço a voz de uma mulher - O tecido está pronto? O coração já vai parar de bater.

— Sim senhora! Aqui está! - Vejo a mulher entregar algo vermelho para a médica - Rubens acabou de imprimir.

O QUE?

— Ótimo, podem abri-lo.

— NÃO, POR FAVOR!! - Grito

— Alguém, faça ele dormir!

— Terei que multiplicar a dose do calmante...

— Triplique.

— Mas doutora...

— Faça o que estou mandando, agora!

Sinto uma agulha perfurar minha pele e tudo se apaga.

Malía

Acordo sentindo um cheiro muito estranho. Quando abro os olhos, percebo está presa numa cela suja e muito assustadora, na verdade... Parece muito mais com uma gaiola.

— Finalmente acordou. - Ouço a voz de um homem e me deparo com ele sentado bem na minha frente.

Seu rosto é quase carne e osso, ele não tem mais o olho direito, e consigo ver sua Arcádia dentária daqui ele usa uma roupa social, mas daqui consigo ver a carne exposta da sua pele do braço direito.

— Sei que não é de conversar muito, sei muito sobre você. - Se levantou - Meu nome é Rubens. E demorei anos para conseguir sequestrar alguém da realeza de Bozzena para ter o que eu quero. A cura.

— Yan...

— Yan está bem, só perfurou o braço... Agora o príncipe Adrian... - Estalou a língua três vezes

— O que houve com ele?! - Me levantei do chão

— Dissemos que se você se entregasse ninguém sairia morto nessa história...

— O que houve com ele?! - Permaneci a mesma pergunta

— Pra quem fala pouco você até que faz perguntas - Se aproximou suficiente pra eu ver seus olhos fundos - Adrian está morto. - Falou e dei um passo para trás - Mas se importa? Ele sabia que íamos invadir York, e mesmo assim... Não contou.

A Freira e o Príncipe - +18Where stories live. Discover now