Capítulo 40

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            Olhei ao redor e não reconheci o lugar onde estava. Parecia uma floresta, com muitas árvores e verde demais.

              Levantei do chão e senti alguns ossos estalarem, o que me causou uma pequena onda de dor e depois de alívio. Olhei para meu próprio corpo e fiquei ainda mais confuso ao ver as roupas que estava vestindo, parecia aquelas roupas que vemos em filmes antigos ou em...contos de fadas. Não lembro do que aconteceu. Como cheguei aqui? Onde estou?

                Respirei fundo tentando manter a calma que aparentemente já havia sido evaporada do meu corpo e da minha alma. Toquei nos bolsos da minha roupa para tentar achar algum celular ou alguma coisa que me ajudasse a me localizar ou me comunicar com alguém, mas não achei nada, não tinha nada em meus bolsos. O que só me fez ficar mais apavorado ainda.

             Para onde eu tinha que ir? Eu deveria gritar por ajuda? Eu deveria ficar aqui parado sem fazer nada até alguém me achar? O que eu deveria fazer estando em um lugar que eu nunca estive antes em toda minha vida?

             Franzi o cenho ao ver o caminho de terra a minha frente, ganhar uma cor amarela, que terra não teria, normalmente. Logo a frente, a alguns poucos metros, em letras vermelhas e bem desenhadas, está escrito: Siga. E pequenas pegadas apareceram no chão seguindo em frente pelo caminho estranho. Eu até que poderia seguir, mas poderia ser perigoso e arriscado demais, não seria sábio segui-lo. Mas quando na minha vida eu fui sábio e fiz a coisa certa? Pois é, nunca. Por isso comecei a seguir o caminho, com o rabo na não, mas segui.

            Depois de ver um arbusto rosa e cantando, eu concluí que não estava mais na vida real ou em qualquer lugar normal do mundo, o que me fez pensar...onde eu poderia estar, que é um lugar totalmente estranho e maluco que tem caminhos que mudam sozinhos e arbustos estranhos? Isso mesmo leitor, o país das maravilhas. E essa nem é a pergunta certa a se fazer, o certo seria: QUE CARALHOS EU ESTOU FAZENDO AQUI!?

             Já estava prestes a surtar quando escuto meu nome ser chamado e olho para todos os cantos possíveis, mas não vejo ninguém. Parei de andar e tentei ouvir melhor.

              - HARRYYYYY....

              Então comecei a gritar junto com quem quer que seja que esteja gritando. Essa pessoa teria que me ouvir gritar já que estou ouvindo ela e se ela está gritando meu nome é porque me conhece. Derepente tudo começou a balançar, como um terremoto e ao longe do caminho estranho, vi a silhueta de uma pessoa e de vista parecia ser feminina, mas antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, tudo ficou preto e eu me senti flutuando.

***********

                
                - Harry, acorda, acorda, acorda!

               Acordei sendo chacoalhado pela pirralha que parecia uma pipoca de tão saltitante que estava. Parecia bem animada para alguém que me acordou às... Deus, que horas são? Procurei meu celular pela cama enquanto simplesmente ignorava a falação da criança (não me julguem, eu sou um adulto acordado cedo em pleno domingo, me erra) e quando o encontrei tive vontade de chorar, mas foi uma vontade muito forte mesmo.

                 - Porque tá me acordando a essa hora? São cinco da manhã. - Perguntei largando o celular e cobrindo o rosto com o travesseiro na esperando de isso ser só um sonho super bizarro.

                - Bela Adormecida, a senhora está na história errada. Sai do meu padrinho e volta para os contos de fadas. Porfavor. - Falou me fazendo rir e revirar os olhos ao mesmo tempo - Eu estava pensando...

              - Você consegue fazer isso?

              - Haha muito engraçado. Enfim, eu estava pensando que ir pra Nova York não é uma boa escolha, nesse momento.

Once Upon A TimeWhere stories live. Discover now