Capítulo 20

74 11 0
                                    


         - Não pode se esconder por muito tempo, Harryzinho. Sua hora chegou.

Eu corria, corria o máximo que eu conseguia. O que não não era muito já que estamos em um shopping abandonada, que a qualquer passo em falso eu posso cair de quatro andares e acabar como purê.

Estávamos todos separados, não faço idéia da onde possa estar todo mundo, mas o presentimento é ruim, muito ruim.

- Quando eu por as mãos em você, eu vou amassar seu coração até não sobrar nem as cinzas dele!

Me escondi atrás de um balcão e coloquei a mão na boca, para abafar qualquer som que fosse possível eu fazer. Ele é igual a mim, tirando os olhos. Assim como Sirius disse. Agora eu tenho um irmão gêmeo me perseguindo e aparentemente ele quer me matar da forma mais dolorosa que existe. Maldita hora que eu abri aquela porta!

De repente não escutei mais nada, nem passos, nem palavras de ódio, nada. Mas eu não sou burro, isso é uma armadilha para me fazer sair do meu esconderijo super escondido e então ele me pega e me mata, arranca meu coração...

Me inclinei um pouco para frente e olhei pelo lado do balcão, ele estava lá, no centro da praça de alimentação, olhando para todos os lados, estava concentrado. Talvez tentando me detectar.

Voltei para a minha posição de origem e olhei para o lugar em que eu estava, não tinha muitos lugares para ir, mas tinha a porta de funcionários e a passagem para entrar em uma antiga sala de cinema. Agora seria a hora em que eu veria o quanto suicida eu sou e o quanto gênio eu sou, tinha que escolher direito. Isso está valendo a minha linda vida.

Três dia antes...

Logo pela manhã depois da ligação de Sirius, convoquei uma reunião e expliquei para todos oque ele disse, as reações foram diversas.

- Isso não me surpreende. - Cho foi a primeira a falar e pela primeira vez desde que chegamos no Brasil, ela parece um pouco animada. - Sempre achei eles meio misteriosos, não duvido nada que Remus e seus pais também saibam.

- Como que seu pai te achou, mesmo? - Emília perguntou franzindo o cenho.

- Foi três anos depois que fugi do orfanato. Eu estava me escondendo de uns caras idiotas, eu tinha meio que roubado uma loja de conveniência, achei que não tinham visto, eu era relativamente pequeno demais para a minha idade e era fácil passar pelas pessoas e achei que lá não fosse diferente. - Comecei a contar. - Bom, mas não foi bem como eu pensei. Eles me viram e tive que sair correndo pelas ruas de Nova York. Me escondi em um beco escuro e sujo, fiquei lá por muito tempo e já estava começando a ficar com medo, mas aí um homem apareceu.

"Ele parecia gentil e uma pessoa boa. Obviamente eu desconfiei e tentei fugir dele, eu até consegui fugir dele, mas dois dias depois ele me achou denovo e me ajudou. Vi nos olhos dele que ele realmente queria me ajudar, então só aceitei. Só sei que quatro meses depois eu já tinha o nome Potter como sobrenome."

- E nesse tempo todo você nunca percebeu nada de diferente? - Theo perguntou.

Aquele dia...a única aqui que sabe um pouco do que aconteceu é Cho, mas eu não contei tudo a ela e também nem pretendo contar. Nem pra ela e nem para Ninguém. Também teve o dia do apagão, foi um dos dias mais divertidos que eu já vivi, mas foi estranho ao mesmo tempo. Também tem a senhora Figg, aquela velha maluca que é minha vizinha, ela ficava na janela de sua casa espionando a vida de todos da rua, não deixava nada passar. Ela sim me parece uma estranha.

- Não que eu tenha percebido, não me lembro de nada. - Dou de ombros e ele cerra os olhos, concerteza achando que eu estou mentindo. - É sério, não aconteceu nada de estranho. Eu saberia se eu tivesse visto meu suposto irmão gêmeo.

- Certo, acho que isso não importa mais. Agora, mais do que nunca, temos que achar os outros. - Gina disse e todos concordaram.

Tínhamos muitas coisas para pensar e resolver e para piorar tudo, nem temos sinal do Draco ou da Pansy, os dois estão fora do mapa. Ainda temos que ter cuidado com a policia, máfia e provavelmente FBI. Estávamos quase encurralados, a nossa sorte é estar parcialmente escondidos e fora dos olhos alheios, tínhamos uma chance e tínhamos que aproveita-la da melhor forma possível.

- Desculpe dizer agora, mas não tive a oportunidade de dizer antes. - Theo diz chamando a atenção de todos para ele. - Eu andei pesquisando um pouco e achei um jornal local que apontava para uma cidade de outro estado...eu meio que tive que invadir a rede da polícia do Rio de janeiro.

- Ele está lá? - Perguntei.

- É oque parece. Na matéria citava o nome dele e dizia que houve uma fuga com carros de São Paulo até Rio de janeiro, claro que foi tudo nos limites dos estados. Enfim, acho que ele está lá.

- Rio De Janeiro...ouvi maravilhas e atrocidades sobre esse estado e olha que legal, estamos indo direto para lá. - Cho ironizou. - Vamos refazer as malas e partiu praia!

- EEEEEEE! - A pirralha comemorou.

- Partiu encontrar, Draco. Sabem que não vamos ter tempo para praia, a não ser que queiram ir para a cadeia ou algo assim. - Digo adorando o jeito que o sorriso deles desmancham. - Mas vai ser uma ótima viagem, vamos de carro.

Eles começaram a resmungar e eu só conseguia rir. Eu adoro esses doidos.

********

Hey!

Feliz ano novo pra vocês!

- Rah 💚

Once Upon A TimeOnde histórias criam vida. Descubra agora