Capítulo 21

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       Eu tinha duas opções, a passagem para funcionários e a sala de cinema. O óbvio seria ir para a sala de cinema que é bem maior, mas não tem muitas saídas e isso é ruim. Já a passagem para os funcionários tem a saída que leva para corredores ao redor do shopping e isso me daria uma vantagem maior, e também me faria ver como funciona meu possível dom.

                  Gina disse que era só sentir e o "poder" faria o resto por mim. Fechei os olhos e respirei fundo, na minha mente veio a imagem do lugar onde eu estava, me mostrava que eu podia fazer um tipo de clone? Ou talvez um holograma e o mandar para a sala de cinema, enquanto eu corria pela passagem dos funcionários, mas tinha que deixar ele ver meu holograma. Não parecia fácil, mas também não parecia impossível.

                   Me concentrei, foi algo rápido e leve demais, quando abri os olhos tinha um holograma igual a mim do meu lado, parecia bem real, mas quando toquei nele, minha mão atravessou. Mentalizei ele indo em direção a sala de cinema e fazendo algum barulho e parece que funcionou já que ele se levantou e eu Obviamente arrumei um jeito do homem não me ver por aqui enquanto passava. Foi bem rápido, os passos soaram pelo piso e vi ele sumindo pela porta.

                   - Mas você é bem burro, irmãozinho. - O cara debochou e vi ele entrando na sala.

                  Foi nesse hora que aproveitei e corri para a entrada de funcionários.

Dois dias antes...

                   A viagem de carro não foi cansativa, apesar das quase 19 horas dentro dele. Foi uma experiência que eu não planejo repetir nunca mais, só que foi divertido e animado, todos pareciam animados, até Cho que tinha entrado em um estado de silêncio a alguns dias, se encontrava cantando altas músicas e comentando sobre as paisagens maravilhosas que víamos.

                   O Rio De Janeiro é uma cidade linda, perigosa, porém bonita demais. As praias, as músicas tocando nas ruas, as roupas super leves que as pessoas usam, tudo tem um ar de alegria e vida. Eu realmente gostei desse lugar e nem vou entrar no assunto comida, eu poderia ficar falando sobre isso o dia ou a semana inteira.

                  Nos hospedamos em um hotel perto da praia, bem de frente, na verdade. Pelo menos é mais decente que o último que ficamos. Dessa vez tivemos que pegar quartos separados, fiquei com a pirralha. Cho, Gina e Theo pegaram um quarto juntos com camas duplas.

                Optamos por não desfazer as malas, porque seria achar ele e ir direto para o próximo, se Pansy não estivesse com Draco, então iríamos para a Argentina, caso contrário...teríamos que partir para os Estados Unidos.

                 Todos nos estávamos no meu quarto, ao redor da cama tentando pensar em alguma coisa. Não sabíamos como prosseguir, essa era a parte difícil, só um de nós sabia falar Português, Theo é bom nisso, então torna as coisas um pouco mais difíceis. Deixamos a Tv ligada caso passa-se alguma coisa sobre algum dos dois e estamos também olhando alguns sites de notícia e o melhor de tudo...Gina invadiu a rede da polícia e agora temos acesso a todos os chamados e mais algumas coisas.

                 Derepente ouvimos batidas na porta e automaticamente ficamos atentos, todos olharam para mim como se eu fosse a salvação de todos, mas eu estava com medo de quem poderia estar do outro lado da porta. Engoli um seco e revirei os olhos, só esperam por mim nessa coisa. Que saco!

                Mais batidas se fizeram presentes enquanto eu ia em direção a porta. Não eram muito brutas, eram rápidas e urgentes, como se a pessoa estivesse com pressa. Segurei a porta e olhei pelo olho mágico, vendo uma garota conhecida, muito conhecida por mim. Cabelos loiros cacheados, olhos azuis e uma roupa toda preta, com um sobretudo rosa. Lilá...

                 Não perdi tempo e abri a porta, fazendo a garota olhar para mim com os olhos arregalados e puxar uma quantidade boa de ar e o prender. Ela me olhou dos pés a cabeça e vi lágrimas em seus olhos, logo soltou todo ar e assim como eu sorriu, literalmente se jogou em mim e tive que segurar bem firme para que não fossemos ao chão juntos.

                    - Eu sabia...sabia que não estava morto. Eu falei para todos eles, mas ninguém acreditou em mim. - Começou a falar e ainda me abraçava e confesso que eu não queria soltar ela nunca mais. - Disse a Neville, Dino, Simas, Padma e Parvati. Disse a todos a e ninguém acreditou.

                    - Tá brincando? Porquê todo mundo acha que eu estou morto? - Perguntei retórica mente e enfim ela soltou do abraço, mas não me soltou totalmente. - Oque aconteceu com vocês? Eu pensei...Cho pensou...meus pais e meus padrinhos pensaram que tinham morrido.

                    - Vou te contar tudo, mas temos que entrar e eu tenho que silenciar a porta. Essas paredes costumam ter ouvidos. - Disse eu confirmei, Finalmente entramos no quarto e todos pareciam confusos, menos Cho que já conhecia a garota. - Calma, deixa eu fazer o negócio todo do silêncio e então podemos matar a saudade e eu posso me apresentar para quem não me conhece.

                  Ela fechou a porta e de dentro do sobretudo, tirou uma bolsinha de pano e da bolsinha de pano tirou um pouco de um pó brilhante e jogou na porta, que foi coberta por esse pó brilhante. Meu deus, eu nunca vi algo assim.

                  - AH MEU DEUS, VOCÊ É A FILHA DA TINKER BELL! - Ouvi o grito da pirralha

Once Upon A TimeWhere stories live. Discover now