Capítulo 6

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          Dois dias depois a última mala foi fechada e já tínhamos tudo pronto para ir embora. Surpreendentemente o negócio dos bancos e do dinheiro parece ser verdade, ontem eu fui até o banco e realmente tinha uma boa grana no banco de Londres, oque vai nos proporcionar uma boa estadia na cidade que não queremos ficar por muito tempo, mas peguei uma quantidade razoável para ficarmos bem.

Olhei para o meu apartamento e Suspirei, lutei tanto para ter um lugar assim para morar e agora estou saindo dele para cair em uma aventura as cegas. Não sabia quanto tempo iria ficar fora, todos os móveis estavam cobertos com panos brancos, todas as flores e plantas que tinham eu dei para a vizinha que ama flores e plantas, nem preciso dizer que ela ficou feliz da vida por isso.

Fui até a varanda e apreciei uma última vez a vista privilegiada que eu tinha por morar no último andar. Agora tinha acabado os dias de pizza e garrafas de vinho sentados aqui enquanto me lamentáva por algum erro que cometi, mas eu estava louco para abrir um champanhe e gritar bem alto quando eu ganhasse o processo contra a Sketeer. Sim, porque eu fiz questão de processar ela e irei acompanhar tudo pela internet, até porque eu falei que isso ia acontecer se ela realmente me demitisse.

Virei para entrar novamente no apartamento e vi uma borboleta laranja no vidro da porta, sorri e fui até a pequena criaturinha bonitinha. Um ser tão bonito e feito para viver tão pouco e por pouco, deve ser triste essa vida que o objetivo é só se reproduzir para então morrer e não ser mais nada nesse mundo, como se o objetivo fosse cumprido e você não tivesse mais utilidade.

Estendi o dedo indicador e ela simplesmente voou até ele, sorri com isso e voltei para a beira da varanda e fiz ela voar novamente, deveria aproveitar o tempo que resta para ela. Entrei para dentro de casa e tranquei a porta, fechando as cortinas e pegando a última mala que estava no sofá. Sai, dessa vez sem olhar para trás e fechei a porta, trancando com a chave. Em alguns meses eu voltaria e com tudo para viver o meu final feliz como eu sempre quis.

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Chegamos na estação em pouco tempo, ainda teria alguns minutos para o trem chegar e então partir para Paris. Enquanto Cho e a pirralha foram comprar alguma coisa para tomarmos café da manhã, eu fui comprar nossos bilhetes de passagem para fora daqui. Não estava muito lotado como costuma ser, gosto de pensar que o universo está nos ajudando a chegar mais rápido em nosso destino e por isso já o agradeci muitas vezes nas últimas meia hora.

Depois que comprei os bilhetes, me sentei em um dos bancos da estação e fiquei esperando as meninas enquanto mexia no celular e também conversava com o meu advogado. Ganhar da Sketeer vai ser molezinha, até porque eu sei o jeito que aquela vaca trabalha, sei tudo de sujo que tem no nome dela, sei as mancadas que ela já cometeu na vida e algumas coisas sobre o passado sombrio e repugnante dela. Rita Sketeer está prestes a cair e eu vou fazer questão de chuta-la para o fundo do poço.

- Aqui Harry, café preto e sem açúcar. - Emília se senta ao meu lado e me entrega o copo de café e estende uma sacola de papel. - Peguei Donuts, Cho disse que você gosta.

- Gosto mesmo, obrigado. - Agradeci e tomei um gole do café, não é tão bom quanto o meu, mais da pro gasto. - O trem chega em vinte minutos e depois temos que esperar mais dez. Vai ser rápido.

- Fiz a reserva em um hotel, ele é no centro da cidade, oque vai nos ajudar. - Cho disse enquanto comia um donuts aparentemente de chocolate. - Pesquisou alguma coisa sobre ele?

- Sim, pesquisei. - Dei uma pausa para morder meu Donuts e continuei a falar depois de engolir. - Parece que ele trabalha em uma galeria bem famosa por lá, faz alguns trabalhos voluntários e é muito bem de vida. Mas oque me chamou a atenção é que ele tem passagem pela polícia.

Once Upon A TimeWhere stories live. Discover now