Tempo Indomável

Eu vou pedir a mão dela

Olá, meus queridos. Quanto tempo. Quem aí amou o Família? Estou viciada nessa perfeição de álbum até hoje, a mami acertou demais, dêem muito stream! Fiz um capítulo bem grande pra compensar a demora de atualização, espero que gostem. Até o próximo ❤

- Eu ainda não consigo entender como é que a família Cabello Estrabao conseguiu descongelar antes de todo mundo. - disse Laércio após entrar na sala de sua chefe que mexia concentrada no notebook.

- Cada corpo tem seu metabolismo, Laércio. Uns reagem mais rápido do que os outros. A criogenia é uma ciência que está apenas engatinhando.

- Frequência, batimentos cardíacos, tudo normal... - lia a prancheta. - De todos eles, inclusive do cachorro.

- O cachorro... - fica pensativa. - Laércio, eu estive pensando... Esse cachorro pode ser fonte de pesquisa pra nós.

- Doutora Julie, teste em animais num caso de tanta repercussão?

- Animais não tem consciência, Laércio.

- A senhora está falando em vivissecção?

- Estou falando em pesquisa, em procurar entender, compreender. É isso, esse cachorro pode ter muita coisa pra nos ensinar. Manda preparar pra pesquisa. - o cientista assente e se retira acompanhado da chefe.

O homem tirou Thunder da cápsula e deitou o animal desacordado sobre uma mesa, vendo Julie colocar as luvas de plástico e pegar um bisturi, mas antes que ela fizesse algo, um homem negro segura sua mão.

- A sinhá não pode fazer isso. - ele disse seriamente. - O bicho tem dono. A senhora quer comer o bicho? De onde eu venho não se come cachorro.

A médica estava um pouco surpresa depois de vê-lo em pé e outro médico se aproximava.

- Eu estava vindo avisar que ele despertou. - ele disse com um sorriso e Julie assente.

- Você... Como é seu nome? - Julie pergunta para o homem.

- T'Challa. T'Challa dos Cabello Estrabao. E o cachorro é o Thunder. É das menina.

- Muito prazer, T'Challa.

A cientista pediu para Laércio examinar o homem para ver se estava tudo bem com seu corpo depois de acordar. Ele vestia uma calça branca e uma camiseta também branca, esta que foi tirada e Laércio começou a fotografar as cicatrizes que T'Challa tinha nas costas.

- Foi Dom Alejandro quem fez isso? - pergunta Julie, apontando para as cicatrizes.

- Não, não foi não, sinhá. Foi um Cavalcanti, um diabo ruim lá da Bahia que me comprou quando eu era menino.

- Você quer dizer que Dom Alejandro comprou você desse tal Cavalcanti?

- Sim, sinhá, ele é um homem danado de bom. Eu nunca vi ninguém na casa dele dar chibatada em preto não.

- Claro.

- Eu posso ter com ele agora?

- Não, antes, eu quero que você conheça outra pessoa.

- Mas quem? Eu só posso falar com a autorização do meu senhor.

- Julie, eu vim assim que me chamaram. - a porta de vidro se abre sozinha e Kara entra na sala rapidamente.

- Kara, eu quero que você conheça o T'Challa. - apontou para o homem e Kara ergue a mão para o cumprimentar. T'Challa abaixa a cabeça.

- Você não precisa ter medo nem vergonha de nada, venha com a gente, por favor.