Capítulo 36 - Insano

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Lauren Jauregui  |  Point of View




Já na frente da mansão, minhas mãos tremiam. Sem motivo aparente, pois estava tudo certo comigo. Camila abriu a porta do carro e pegou minha mão.

— Amor... você está gelada! – Falou me abraçando e distribuindo beijinhos por meu rosto. — Está tudo bem. Eu estou com você. – Agarrei sua camiseta e a puxei para mais perto. — Você quer voltar outro dia? Quando estiver mais calma?

— Não, vida. Eu consigo, só não solte minha mão.

— Não se preocupe com isso. Agora levante essa cabeça, quem está em dívida aqui não é você. E outra coisa.

— O qu... – Nem terminei e ela me deu um beijo. Um beijo intenso, segurou firme minha cintura e nos aproximou ao máximo. Levei minha mão até a nuca dela e ela chupou minha língua. Depois ela foi cessando e o encerrou com um selinho demorado.

— Agora sim. Você só me deu um beijinho hoje! Sabe o que é isso? Inadmissível.

— Como é manhosa essa minha noiva... – Ela fez um bico. — Já disse que não é para fazer bico, vida. Você fica muito mais linda assim.

— Está me zoando, amor? Zoando a mulher que te ama tanto! Que feio. – Nem percebi mais já estávamos paradas em frente à porta. Camila bateu. Ela só estava tentando me distrair e no fim, até me descontraiu.

— Te amo, Camz.

— Também te amo muito. – Falou beijando minha mão. Tay atendeu a porta. — Oh... cadê as empregadas? – Ela mostrou o dedo do meio para Camila, que gargalhou, Taylor saiu bufando dali. — Nunca gostei dela, isso que ela era legal quando mais nova.

— Sempre esperei uma visita dela. Nós éramos amigas e... mas Chris era muito mais apegado a mim. Nunca vou perdoá-lo.

— Não guarde mágoas no seu coraçãozinho doce. Não vale a pena. – Olhei para ela e fiquei me perguntando se ela tem algum defeito, se tem, não o encontrei ainda.

— Lauren... que bom que você veio. – Meu pai caminhou em minha direção.

— Nem pense em abraçá-la. – Camila ficou em minha frente.

— Ela é minha filha! – Ele disse.

— Agora ela é?

— Você é muito petulante, sabe que deve muito a mim.

— Parem! Não viemos aqui para isso. Eu quero que vocês parem de me perseguir.

— Precisamos as sua ajuda, Lauren. Fui roubado e não tenho como manter nada disto aqui.

— Isso realmente não me interessa. – Falei.

— Como não? Somos da sua família. Você vai dormir direito, sabendo que sua família está na rua?

— Vocês conseguiram dormir muito bem, quando me deixaram lá, porque eu não conseguiria? – Ele ficou quieto, nem percebi quando os outros chegaram, mas já estavam todos na sala.

— Eu me arrependo! – Meu pai falou.

— Quando? Que dia você se arrependeu? Antes de falir? – Ele ficou quieto. — Claro que não. Aposto que se eu dissesse que só ajudaria você, mas você teria que deixar os outros na rua, você nem pensaria duas vezes. Você é a pessoa mais egoísta que já conheci. Não mande mais os meninos atrás de mim, meu rancor por eles é igual.

— Camila, você me deve isso! – Tentou convencer Camz.

— Eu não te devo nada. Devo a Clara, mas é uma dívida completamente quitada, porque se alguma coisa tivesse acontecido com Lauren ou com meu filho... vocês se veriam comigo e eu não sou uma pessoal amigável cem por cento do tempo. Vocês ouviram Lauren... ninguém se aproxima dela ou vou deixar meus seguranças cuidarem disto.

— Isso! Vamos, vida. Acho que minha dúvida acabou. – Caminhei até minha mãe e a abracei, sussurrando. — Vá até minha casa amanhã. – Me afastei e peguei a mão de Camila. — Vou até meu antigo quarto... acho que ninguém tem nada contra isso... certo?

— Não movi uma agulha do lugar. Está tudo como você deixou. – Minha mãe falou e eu assenti e subi as escadas. Abri a porta e
entramos.

— Nosso primeiro beijo... foi aqui. – Falei e Camila trancou a porta.

— Podemos... relembrar... – Falou abraçando minha cintura e me beijando. Ficamos nos beijando, até que senti algo me cutucando. Abri a calça dela que pulou para trás. — O que é isso, amor? Seus pais estão na sala ou podem estar escutando atrás da porta. – Tirei minhas roupas e me deitai sobre minha antiga cama.

— Isso não é excitante? Você disse que iríamos relembrar... não disse? Nós fizemos muito mais que beijar. – Ela começou a tirar a roupa de forma rápida e toda atrapalhada.

— Você é tão safada, amor. Muito safadinha. – Ela falou deitando sobre mim e voltando a me beijar. Eu estava encharcada, então peguei seu membro e direcionei até minha entrada. Ela estocou com tudo para dentro de mim.

— Sua cachorra!

— Não era isso que você queria? – Perguntou rouco e com um sorriso safado no rosto. Quase gozei com isso. Abracei seu corpo forte e ela começou a se movimentar.

A sensação dela me invadindo é inexplicável. Quando ela começava a rebolar, meus olhos doíam, de tanto que eu os revirava. Ela começou a se movimentar rápido e fundo, colou nossas testas e roçou nossos narizes. Adoro a carinha dela quando estamos transando, ela faz um esforço enorme para não gozar antes de mim, às vezes seus olhos lagrimejam para ela conseguir isso, mas ela sempre consegue. Meu ventre formigou e eu cheguei a outro orgasmo, mordendo o ombro dela com força. O corpo dela tremeu mais do que o normal.

— Você está bem? – Perguntei.

— Estou, mas fiz uma bagunça enorme aqui.

— Camz... – Ela havia gozado muito, isso já havia acontecido antes, mas ela sempre fica envergonhada. — Não fique com vergonha, isso é normal. Agora vamos.

— Não vamos tomar banho?

— Não. Vou pingando mesmo, não quero demorar mais.

— Tudo bem. Veste isso. – Falou me jogando a cueca dela. Foi até o banheiro e se limpou com papel. Pegou o papel e jogou na cama. — Vamos levar isto aqui. – Falou enrolando a colcha da cama. — Não vamos deixar nosso DNA aqui.

— Bem pensado.

Passamos pela sala e ninguém estava lá. Ainda bem, porque o que fizemos foi insano. Outro motivo para amar mais a Camz, ela é receosa para tudo, mas topa qualquer coisa que eu pedir. Entramos no carro.

— Amor... você gosta desta casa?

— Gosto. Eu cresci aqui, conheci você aqui, concebemos nosso filho aqui. Tudo de bom na minha vida começou aqui.

— Olha... podemos comprá-la para nós, se você quiser. A nossa casa é pequena e temos planos para uma família maior. Você que sabe, teremos que comprar outra de qualquer jeito. Pense com calma. Ok?

— Ok.

— O que você disse para sua mãe?

— Para ela ir a nossa casa amanhã. Quero ajudá-la, Camz.

— A ajudaremos. – Falou sorrindo e apertando minha mão. — Falando em aumentar a família, se você não tomasse pílula, conceberíamos quadrigêmeos hoje. – Gargalhei.

— Você não existe, Camz!

ReviravoltaOnde histórias criam vida. Descubra agora