"Uma história sobre Amor e Eternidade."
Primeiro livro da trilogia.
Depois que sua mãe morreu misteriosamente, Naomi viu sua vida se transformar rapidamente em algo mais estranho. Em um certo dia, ela acabou encontrando um colar capaz de levá-la pa...
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Amanda.
Amanda chegou em casa e não falou com sua mãe. Depois do que sua irmã lhe mostrou, ela queria ter um tempo só para ela. Sua mãe que desde o começo não queria que ela fosse internada, não se importou por ela ter aparecido naquele estado, no momento em que deveria estar no hospital.
Vanessa mesmo se sentindo triste pela irmã mais velha, resolveu deixá-la sozinha. Sabia que se tentasse ficar do seu lado, só faria com que as coisas piorassem.
Então Amanda deitou em sua cama, sentindo falta de seus longos cabelos espalhados pelo travesseiro, colocou a mão enfaixada pelos curtos cabelos loiros que agora precisava deixar crescer, e ficou se imaginando se viagens no tempo existiam... Ela sabia que era o único jeito de reencontrar quem ela mais desejava ver, e de tentar fazer com que as coisas voltem a serem como eram antes. Mas era difícil, era difícil não se lembrar dos momentos e não sentir o aperto no peito. Não queria falar com a sua mãe pelo motivo de não saber qual seria a reação dela, mas ficou aliviada por não receber mais uma das suas punições. Sentia-se mais leve por estar sozinha, sem ninguém fazendo mal a ela, porém queria que alguém escutasse suas mágoas.
Afundou seu rosto no travesseiro por alguns segundos, se levantou e trocou a roupa do hospital que ela ainda usava. Colocou uma calça, uma camiseta e um tênis, e concentrou toda a calma dentro de si, para não causar brigas e saiu de casa. Vanessa viu que a irmã saiu, mas não fez nada, percebeu que a sua mãe também percebeu a saída de Amanda, mas não se importou.
Amanda foi para o único lugar que a acalmava, a árvore que já havia perdido a maioria de suas flores rosa.
Quando chegou, respirou fundo e sentou encostando suas costas do tronco da árvore. E falou baixinho:
— Por que eu me sinto tão só?
Fechou seus olhos e sentiu um calor em seu corpo, um calor aconchegante, e uma voz doce e feminina soou nos seus ouvidos:
— Não se sinta só!
Amanda pulou de susto, e procurou de quem era aquela voz. Por mais que procurassem, ela não achava; então com medo, ela arriscou e perguntar:
— Quem é você?
— Não tema, eu sou sua amiga, e não perca seu tempo me procurando, você não vai me achar tão cedo. Lamento. Mas digo a você que meu nome é Flora.
Amanda se acalmou um pouco, porém ainda sentia medo, e achou que poderia ser coisa de sua cabeça, já que estava ouvindo uma voz que apareceu sem um dono físico.
— Eu acho que estou maluca... Deve ser porque aconteceu muita coisa ultimamente, estou delirando com certeza. — Deu uma risada nervosa. — Flora...
