Meu Namorado Bilionário - VOLUME 2

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- Por que você só pode contar pra ele? – Perguntou Helena.

O médico olhou a menininha de bochechas rosadas e tranças e em pensamento se perguntou da onde ela havia surgido.

- Quem é você? – Perguntou o médico.

- Desculpe os modos da menina, doutor. Ela é irmã da paciente. – Respondeu Sezão.

Sezão chegou junto com as crianças no exato momento em que o médico conversava com Wanda e Ed. Ernesto, Gabriel, Helena, Betinho e Willy começaram a falar com o médico, todos ao mesmo tempo.

- Desculpa trazer todos esses pirralhos pra cá Wanda, mas depois que os pais da Alice chegaram em casa contando que tinham estado aqui e como a Alice estava, eles ficaram doidinhos, parecia que iam botar fogo na casa. Achei melhor deixar os pais dela ficarem um pouco em paz. Eles estão muito abatidos, especialmente a mãe dela.

Wanda se direcionou para as crianças.

- Ei seus pestes, isso aqui é um hospital, entenderam? Não podem agir como um bando de selvagens. – Falou, rispidamente. – Falem baixo, ou vocês vão precisar uma vaga aqui dentro também.

O médico olhou assustado para Wanda, que disfarçou.

- Cadê a Alice? – Perguntou Gabriel.

- O que é tão secreto que você só pode contar pro tio Johnny? – Indagou Betinho.

- Minha nossa senhora dos médicos fofoqueiros! Ela só pode ter alguma coisa grave! – Falou Willy, colocando as mãos nas bochechas.

- Minha irmã vai morrer? – Falou Helena, com voz chorosa.

- Eu não quero que minha irmã morra! – Falou Gabriel, ajeitando os óculos e coçando os olhos que começavam a lacrimejar.

- Calma crianças. – Falou o médico. - Eu só pedi pra...

- Tem cura doutor? – Interrompeu Betinho. – Por que eu sei que os adultos tem mania de esconder das crianças quando o assunto é esse lance de doenças incuradas.

- Incuráveis. – Corrigiu Ernesto.

- Isso mesmo que eu falei. Incuráveis! Pode falar doutor, o que a tia Alice tem, tem cura?

- Não... Digo... Não é o caso de...

- Operar? – Completou Gabriel. – Não dá nem pra operar?

- Coitada da tia Alice!!! – Choramingou Betinho. – Tão nova! Ela não merecia! Tanta gente velha tipo a dona Wanda, e acontece justo com a tia Alice!

Wanda ficou boquiaberta ao ouvir o comentário.

- Que garoto desaforado!

As crianças menores começaram a chorar e as maiores continuaram chutando diagnósticos, enquanto Sezão olhava de um lado para outro, sem saber se as consolava ou as expulsava dali.

- Calem-se!!!!! – Falou Wanda. – Vocês estão me enlouquecendo!

Todas as crianças se calaram e olharam para ela.

- Deixem o doutor falar, pelo amor da minha santa paciência!

- Que paciência? – Sussurrou Betinho para Ernesto, pensando que Wanda não escutaria, mas ela escutou e lançou um olhar eletrizante para os dois meninos, que arregalaram os olhos.

O médico respirou profundamente e falou:

- Já disse pra vocês que só posso passar as informações para o senhor John. Sinto muito.