𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝟖𝟎 🦋 Sem ofender, Carolina

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─ Ficou feliz por eles? – eu pergunto.

─ Sim, sim... – ele diz.

E novamente, silêncio.

Aquilo era horrível.

Victor não era assim. Ele gostava de conversar, fazia cantadas péssimas, sorria o tempo todo, mas, ele está tão, apagado.

─ Ei. – digo parando de andar. – Você tá bem?

─ Tô, tô... – ele diz, parando também. – Só, ainda estou um pouco chateado, por, você sabe, ontem...

─ Você está melhor? – eu pergunto.

─ Sim, melhor que ontem. – ele diz.

Levo minhas mãos até seu rosto, fazendo carinho na região.

Victor sorri e se deita em minha mão, aproveitando o momento.

─ Eu fiquei preocupada com você. – eu digo e ele sorri.

─ Obrigado por isso. – ele sussurra.

─ Pelo o que? – respondo no mesmo tom.

─ Por todo esse carinho. – ele diz. – Eu te amo.

Sorrio como resposta, vendo ele se aproximar, intercalando olhares entre meus olhos e minha boca.

Nossas trocas de olhares eram sempre intensas. Poderíamos conversar facilmente por esse meio, sem nem mesmo usar palavras.

Victor sela nossos lábios em um beijo lento e carinhoso.

Senti ele levar suas mãos até minha cintura, enquanto eu continuava as carícias por seu rosto.

Vi ele sorrir entre nossos lábios, com as bochechas coradas, mas logo nos unindo de novo.

O tempo parecia não correr mais ali, o lugar que estavamos, como estavamos, nada mais importava, apenas eu e ele.

Paramos depois de alguns minutos pela falta de ar.

Uni nossos lábios de novo, em um selinho curto, mas logo recebendo mais em troca.

─ Eu te amo. – sussurro e ele sorri.

─ Também te amo anjinho. – ele diz no mesmo tom.

─ Não se culpe por ficar triste, isso é normal. – eu digo.

─ Não gosto de me sentir assim. – ele diz.

─ Eu também não gosto, na verdade, ninguém gosta. Mas, eu vou estar aqui. – eu digo.

Abro meus braços e envolvo seu pescoço, enquanto Victor abraçava minha cintura, ficando ali, em silêncio, por alguns momentos.

Era bom sentir nossos corpos juntos.

O toque dele me fazia melhor, e, eu espero que isso seja recíproco.

Victor se movimenta até meu pescoço, e eu inclino um pouco minha cabeça, para ele ter mais espaço.

Ele começa a distribuir beijinhos leves por toda a extensão de pele daquela região.

Aquilo me fazia relaxar e delirar ao mesmo tempo.

Continuei com meus braços por seu pescoço, enquanto ele fazia as carícias e beijos.

─ Você é linda. – ele sussurra.

Rio fraco com o comentário, sabendo que aquilo era mentira.

─ Não minta Augusto. – eu digo e ele ri.

─ Não estou mentindo, Passos. – ele diz. – Você é maravilhosa.

─ Assim eu vou ficar mal-acostumada. – eu digo e ele sorri, voltando para sua posição normal e me encarando.

𝐃𝐞𝐬𝐞𝐧𝐡𝐨𝐬 𝐕𝐚𝐥𝐞𝐦 𝐌𝐚𝐢𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐏𝐚𝐥𝐚𝐯𝐫𝐚𝐬, 𝘣𝘢𝘣𝘪𝘤𝘵𝘰𝘳Onde histórias criam vida. Descubra agora