Doze

1.9K 156 112
                                    

𖧹

Emiliano estacionou na frente do prédio que Rivera morava e olhou para ela, que encarava o local um pouco pensativa. A mulher passou todo o caminho até ali em silêncio, encarando as ruas de São Paulo pela janela do carro do jogador, que a olhava algumas vezes e se perguntava se algo estava errado, porque eles costumavam conversar bastante quando estavam dentro do veículo.

Viu Ellen suspirar após alguns segundos e virar para ele, colocando um sorriso no rosto e ajeitando a bolsa no próprio colo, logo estendendo a mão e tocando a nuca dele, o puxando para um beijo breve.

— Obrigada por me trazer. — Disse ao se afastar.

— Está tudo bem? — Perguntou e segurou no braço dela que ainda estava esticado, fazendo carinho na pele quente da morena. — Você está quieta.

— Sim, tudo bem. — Respondeu. — Estou normal. — Completou.

— Não conversamos durante o caminho como costumamos fazer. — Disse.

— Já conversamos o suficiente ontem a noite, não? — Falou Ellen, afastando a mão devagar e recolhendo o braço, segurando na alça de sua bolsa. — Vou subir. Até amanhã. — Se virou para sair, mas Rigoni trancou as portas do veículo, o que fez a testa de Rivera se franzir. — O que está fazendo? — Perguntou, olhando para ele.

— O que foi, hein? — Indagou sério.

— Eu que te pergunto isso. Está ficando maluco? Destranca a porta.

Rigoni a ignorou, puxando a mulher pela cintura e arrancando um gritinho de surpresa dela quando a posicionou em seu colo. Antes que Ellen falasse alguma coisa, segurou em seu rosto e juntou seus lábios, sendo correspondido após alguns segundos de indecisão da mulher, que pousou as mãos no pescoço dele, soltando um baixo gemido quando o jogador afastou seus lábios um tempo depois, deixando uma mordida no inferior dela.

— Tudo bem com a gente? — Perguntou baixinho e ela confirmou com a cabeça, ainda com os olhos fechados. — Por que está agindo de modo estranho?

— Só estou pensando em umas coisas, Rigoni, ainda tenho meus problemas. — Falou e o encarou quando abriu os olhos. — Tenho que estar falante o tempo inteiro? — Devolveu com outra pergunta e viu ele negar com a cabeça como resposta. — Então, tudo certo. — Deu de ombros.

Emiliano continuou a olhando, até ela choramingar e deitar a cabeça no ombro dele, escondendo o rosto na curva de seu pescoço e ficando extremamente confortável no colo do jogador. As mãos de Rigoni iniciaram um lento carinho nas costas de Ellen e ele esperou pacientemente que ela contasse o que estava acontecendo.

— Não gosto de falar sobre aquela fase da minha vida para os outros e ontem falei com bastante facilidade com você. — Murmurou ela.

— E isso é ruim? — Perguntou confuso. — Você se sentir a vontade comigo?

— Nem te conheço, Rigoni. — Falou baixo. — É estranho.

— Também não te conheço direito, por isso fiz uma pergunta sobre você. — Disse cuidadoso. — Você me respondeu e agora já sei algumas coisas. — Completou. — Com calma, podemos ir nos conhecendo melhor.

— Posso fazer perguntas sobre você também? — Indagou em um tom de voz baixo, brincando com a correntinha presa no pescoço dele.

Ellen ━━ Emiliano RigoniWhere stories live. Discover now