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FREYA MIKAELSON

Mais cedo eu tinha recebido uma ligação do Dylan e confesso que até me surpreendi ao receber aquilo, no começo fiquei meio insegura em atender depois de toda aquela maldita confusão mas minha curiosidade falou mais alto me fazendo atender.

Eu sabia do que se tratava mas não tinha certeza, não achei que tinha sido real até ouvir Dylan pedir pela minha ajuda já que meu irmãozinho paranóico tinha mordido Lua, eu tinha que ajudar. Tinhamos nos aproximado e ela me ajudou diversas vezes até enfrentando meu irmão, eu devia isso a ela.

Keelin: Você pretende mesmo passar por cima das regras do seu irmão? --- Chamou minha atenção, olhei ela.

Freya: Você sabe que eu nunca o obedeci. --- Voltei a arrumar uma bolsa com algumas ervas. --- Poderia me ajudar, o que acha?

Keelin: Só porquê eu amo você. --- Beijou minha bochecha e eu sorri, desde que nos conhecemos nossa história era inesquecivel..eu mal conseguia explicar o quanto eu amava essa garota. --- Você acha que ela vai ficar bem?

Freya: Eu não tenho idéia. --- Respirei fundo. --- Nunca sabemos o que pode acontecer quando se trata do Klaus, anos atrás algo assim também aconteceu mas eram situações diferentes.

Keelin: Lua é uma garota legal, eu espero que tudo acabe bem. --- Me ajudou a fechar a bolsa.

Freya: Eu também espero. --- Sorri fraco. --- Vou indo, ok? Vai ficar bem?

Keelin: Vou te esperar com um jantar incrível e super romântico. --- Beijou minha boca e eu sorri entre o beijo.

Freya: Me surpreenda. --- Pisquei e dei um selinho nela. --- Eu te amo.

Keelin: Eu te amo mais. --- Mandou beijinho e fechou a porta.

Arrumei a bolsa no ombro e corri pro meu quarto entrando no mesmo e dando partida até o apartamento da Lua, eu precisava fazer a pomada o mais rápido possível antes que a dor que ela sentisse piorasse e ela morresse.

Assim que eu cheguei cumprimentei Dylan e logo fui olhar a situação da Lua, enquanto eles conversavam eu observava a mordida se espalhar rapidamente. Ela estava pálida, fraca e sem cor...a ferida só ficava pior e causava as piores reações possíveis.

Ela não tinha tanto tempo de vida como eu achava que tinha, no máximo duas horas.

Lua: Eu vou morrer logo, né? --- Perguntou me olhando, seus olhos escuros tinham algumas lágrimas e piscavam lentamente.

Freya: O Dylan vai dar um jeito, ele te ama. --- Misturei as ervas em um pote pequeno que eu tinha trago.

Lua: E-Eu também o amo, eu consigo admitir que ele é o amor da minha miserável e curta vida. --- Ela riu fraco.

Freya: Seja menos negativa, você vai ficar bem. --- Eu me aproximei sentando na cama ao lado dela. --- Vai arder um pouco, ok?

Ela apenas assentiu e afastou a blusa me mostrando melhor a ferida em seu ombro, eu arregalei os olhos vendo ela se espalhar mais.

Freya: Meu deus. --- Sussurrei.

Lua: Ta muito feio, né? --- Perguntou com a voz falhada.

Freya: Hum...não tanto. --- Menti. --- Isso vai ajudar.

Espalhei a pomada em seu ombro ouvindo ela grunir de dor e morder os lábios pra conter aquilo, eu admirava ela por exatamente a força que ela carregava dentro de si. Carregar o peso de perder a família, perder a melhor amiga, aguentar a solidão, aguentar meu irmão e passar por essa situação.

Freya: Vai ficar bem. --- Fiz ela deitar na cama e a cobri com o cobertor vendo ela fechar os olhos lentamente. ---- Descansa, é o melhor pra você.

Lua: Obrigada por cuidar de mim, mãe. --- Ela sussurrou, olhei ela vendo a mesma me olhar.

Freya: Você tá delirando...sou eu, a Freya. --- Falei e ela negou confusa.

Lua: Eu espero que você esteja orgulhosa de mim mãe, sei que não fui suficiente mas...

Freya: Eu tenho certeza que ela se orgulha de você, seu pai também. --- Me aproximei segurando a mão dela, vi a mesma fechar os olhos e abrir em seguida.

Lua: Freya...m-me desculpa. --- Falou com a voz falhada, assenti lhe mostrando um sorriso confiante.

Freya: Antes eu e Klaus não tínhamos uma convivência boa, ele não me aceitava tanto como irmã no começo....nos desentedemos bastante até conseguir chegar onde estámos hoje. --- Respirei fundo. --- As vezes nos desentendemos mas faz parte.

Lua: O que quer dizer com isso?

Freya: O que quero dizer é que o Klaus mudou, ele consegue se importar com as pessoas que ele ama e você faz parte disso. --- Olhei ela. --- Eu tenho certeza que Dylan vai passar pela aquela porta com uma frasco de sangue do Klaus.

Lua: Não tenho tanta c-certeza. --- Negou, coloquei um pano molhado na cabeça dela.

Freya: Confia em mim. --- Tentei lhe passar tranquilidade

Lua: E no final de tudo eu só queria minha família de volta. --- Ela tossiu.

Freya: Bebe isso. --- Lhe ofereci um chá, ela bebeu devagar. --- Bem sempre a família precisa ser necessariamente de sangue.

Lua: Você acha?

Freya: Não conseguiu ter sua família de volta mas conseguiu ter uma nova. --- Falei, ela me olhou curiosa.

Lua: Freya...

Freya: Você ganhou amigos. Eu, Rebekah, Hope...ganhou sua melhor amiga Mel. Ganhou um cara que te ama e faria de tudo por você, o cara que foi enfrentar um híbrido por apenas algumas gotas de sangue. ---- Nós rimos fraco.

Lua: Você tem razão. --- Sorriu entre lágrimas. --- Mas eu vou...perder tudo isso novamente.

Antes de falar eu ouvi passos lá fora e logo presumi ser o Dylan quando senti ele tocar a porta e ficar alguns minutos parado o que me preocupou rapidamente.

Lua: Ele chegou. --- Ela sussurrou e a porta abriu.

Lua - Klaus MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora