22

508 51 8
                                    

3/4

LUA MORGAN

A chuva forte caía sobre nossos corpos enquanto nos beijavamos em frente a um cemitério com centenas de bruxas mortas, nunca esperei nada clichê mesmo. Um tempo depois Dylan e eu nos separamos apenas deixando nossas testas encostadas.

Dylan: Porquê? Porquê fez isso? --- Ele sussurrou com a respiração ainda ofegante.

Lua: Sem perguntas, Dylan. --- Eu falei e o olhei. --- Ouvir aquelas coisas não foi fácil, sabe disso?

Dylan: É, eu sei. --- Ele assentiu. --- Não achei que fosse doer tanto.

Lua: Mas doeu. --- Eu assenti me separando.

Dylan: Lua... --- Ele segurou minha mão e eu neguei o soltando.

Lua: Preciso ir agora. --- Ele só assentiu e eu me virei pra sair dali.

Aproveitei a chuva enquanto caminhava até meu apartamento, na minha cabeça se passava mil coisas, eu conseguia sentir um turbilhão de sentimentos naquele momento e aquilo me deixava péssima.

A cada passo que eu dava a vontade de matar alguém só aumentava e foi o que eu fiz, a primeira vítima que passou por mim foi surpreendida com uma mordida no pescoço enquanto eu sugava seu sangue. É, a garota acabou morrendo em meus braços e eu a larguei ali vendo Hope Mikaelson na minha frente segurando um guarda chuva.

Lua: O que você quer? --- Perguntei.

Hope: Quero te ajudar. --- Me olhou.

Lua: Não preciso de ajuda, Hope. Vai pra casa, seu pai precisa de ajuda agora. --- Eu falei voltando a andar.

Hope: Meu pai me pediu pra te achar. --- Ela disse me fazendo parar e olha-la. --- Por favor, me deixa te ajudar.

Lua: Não preciso de ajuda. --- Eu repeti.

Hope: Você parece perdida, desde que te vi consegui notar isso. Me deixa te ajudar, podemos conversar.

Lua: Por acaso é psicóloga? --- Perguntei e ela negou confusa. --- Não pode me ajudar. --- Sorri e pisquei.

Hope: Ou eu posso te oferecer uma bebida enquanto conversamos. --- Olhei ela.

Lua: Parece uma boa proposta. --- Falei me dando por vencida, ela sorriu e me estendeu a mão, segurei na mesma.

Hope e eu fomos até a mansão dos originais, a chuva estava mais fraca. Nós entramos e ela me levou no quarto dela, tinham algumas pinturas e quadros que me chamaram muita atenção...ela realmente tinha um talento do pai.

Hope: Vou te dar roupas e toalha, pode tomar um banho quente enquanto faço algo para bebermos. --- Sem esperar por uma resposta ela foi logo pegando roupas e toalha me entregando em seguida.

Assenri e fui diretamente pro banheiro, tirei minhas roupas encharcadas e tomei um banho quente em seguida, me troquei e arrumei o cabelo saindo do banheiro em seguida.

Vi o quarto antes vazio ser adentrado pela Hope com duas xícaras que logo presumi ser de chocolate quente, ela me entregou e dei de ombros aceitando.

Lua: Porquê tá fazendo isso? --- Sentei na poltrona.

Hope: Não tenho amigas aqui. --- Ela puxou a poltrona ficando na minha frente. --- E me importo com você.

Lua: Gostei da sinceridade. --- Ironizei, ela riu.

Hope: Sempre achei que meu pai fosse perdido até conhecer você. --- Ela falou e olhei ela. --- É, as vezes ele parece meio triste.

Lua: Você coloca ele no banho e faz chocolate quente também? --- Perguntei com sarcasmo e ela revirou os olhos.

Hope: Eu abraço ele. --- Sorriu fraco. --- Minha mãe diz que abraços curam onde dói.

Lua: Sua mãe mentiu. --- Eu assenti.

Hope: Isso é porquê nunca recebeu um abraço meu. --- Falou convencida e colocou a xícara no chão

Lua: O que ta fazendo? -- Perguntei ao vê-la pegando minha xícara e colocando na prateleira.

Hope: Te abraçando. --- E foi o que ela fez, me puxou pra um abraço no qual eu demorei pra retribuir.

Lua: Você é maluca. --- Falei abraçando a mesma.

Hope: Sei que as vezes algo te machuca por dentro mas nunca vai te matar se não der poder a isso. --- Ela disse no meu ouvido.

Lua: Acho que eu já tô bem morta por dentro. --- Falei me separando dela.

Hope: Espero que um dia consiga se encontrar, você é uma garota legal. --- Ela sorriu fraco. --- Tudo bem se importar.

Lua: Eu só me importo por dois minutos, depois eu acho graça e me pergunto o porquê de ter me importado aqueles dois minutos. --- Falei e ela me olhou.

Hope: As vezes é bom se importar, mesmo que machuque te ajuda a viver.

Lua: Passei metade dos meus 900 anos lidando com isso, é péssimo. --- Respirei fundo.

Klaus: Vejo que conseguiu fazer ela vir aqui. --- Ouvi a voz dele e olhei na porta vendo o mesmo encostado ali de braços cruzados.

Hope: Eu disse que conseguiria. --- Sorriu pra mim.

Lua: Então você obriga sua filha a ir na chuva me procurar? --- Arqueei minha sobrancelha.

Klaus: Eu também precisava conversar com você.

Lua: Não pode ser depois? Eu realmente preciso ir pra casa, preciso dormir. --- Falei levantando, Hope negou segurando minha não e minha mente rapidamente voltou ao Dylan.

Hope: Porquê não fica? --- Perguntou me tirando dos meus pensamentos. --- Ficar sozinha não é uma boa idéia agora.

Eu com certeza estava duvidando daquele comportamento da Hope e precisava entender aquilo mas pra isso precisava ficar, pelo menos por algumas horas.

Lua: Pode ser. --- Assenti. --- Nós conversamos mais tarde, certo?

Klaus: Tudo bem. --- Ele assentiu. --- Vou deixar vocês duas a sos. --- Ele saiu.

Lua: O que você quer, Hope. Não adianta negar, desde que eu cheguei aqui você age estranha então acho melhor falar antes que eu faça merda e seu pai me mate. --- Eu Falei rapidamente, ela engoliu o seco.

Hope: Eu queria conversar com você. --- Falou cabisbaixa.

Lua - Klaus MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora