CAPÍTULO 37

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    - Solta a língua, quem te contratou? - Hange pressionava a lâmina contra a garganta de um soldado da Polícia Militar.

    - Eu não sei, eu juro - o soldado que estava contra a parede no pequeno beco escuro.

    - E eu juro que não vou perguntar de novo - dessa vez Hange pressionou a lâmina até ver uma pequena quantidade de sangue escorrendo.

    - Por favor! Eles matam minha família se eu falar qualquer coisa.

    - Eles quem? - A nossa comandante grita e pressiona ainda mais o homem apavorado.

    - Hange... - A voz de Levi intervem na situação - Sai!

    O ar de violencia que havia se instalado em poucos minutos se dissipou depois que os meus dois superiores se encararam. Hange se afasta do homem que cai no chão como um saco de pancada. Ele parecia um homem acabado, até miseravel.

    O capitão Levi passa por mim e se agacha perto do homem.

    - Quem sequestrou Historia? - sua voz não era carinhosa, mas também não era agressiva.

    O polícial levanta o olhar desesperado transbordando tudo o que sentia.

    - Por favor... - ele apenas sussura e um soco do capitão o leva ao chão. Ele geme de dor e soluça como uma criança. Desvio o olhar, não conseguia ver tamanha crueldade.

    - Você pode se ajudar, sabia? - Levi estava sendo sarcástico, seu tom de voz indicava isso.

    - Eles matam minha família, sabem que eu discordei, por favor...

    - Podemos protegê-los se nos disser o que sabe - Hange se impoe novamente me fazendo voltar o olhar.

    O homem a olhava com lágrimas nos olhos e provavelmente considerava a proposta.

    - Um homem encapuzado chegou para alguns homens da Polícia Militar oferecendo uma boa quantidade de dinheiro para ter uma falha de segurança na noite do desaparecimento da rainha - Ele faz uma pausa para respirar - Eu não concordei, mas eu estava na patrulha quando a levaram... Eu vi um dos homens, ele tinha um tatuagem de um rato do braço.

    - Uma gangue? - Levi olha para Hange expressando a mesma dúvida que pairava sobre mim.

    - Sim, e não é uma gangue qualquer. - Ela havia fechado a expressão, quase como se dissese que havia submergido em seus próprios pensamentos. - Vamos embora! S/N, cuide do homem e pegue as informações da família dele.

    Eu assinto e todos se retiram discretamente do beco se misturando à multidão. O capitão Levi ainda estava agachado perto do homem caído e ao se levantar me lança um olhar confuso. Não dou importância, já tive que explicar para o alto escalão sobre o evento que aconteceu dias atrás. Questionaram minhas intenções, mas o duque nunca havia me dado muita escolha. Levi não tinha falado comigo desde lá, apenas me lançava olhares confusos. Para ser sincera eu sentia falta. O quebra-cabeça que eu tentava montar tinha se afastado e agora eu não tinha mais como passar o tempo.

    Eu volto a minha atenção ao ser humano largado no chão, e ajudando-o a se sentar limpo o corte singelo causado por Hange.

    - Nos perdoe por isso. - Procurei ser o mais sincera possível, mas ele não me olhava nos olhos.

    - Vocês tem algum outro suspeito? - Ele me perguntou de forma fria.

    - Não! -

    Depois do marquês, nenhum outro suspeito foi levantado, mas a gangue fazia sentido. Provavelmente queriam dinheiro ou apenas o caos na sociedade.

    - Quem é a sua família, senhor? - Não era momento de pensar nos responsáveis pelo sequestro da rainha, por isso levantei as informações necessárias para cumprir a parte do acordo da comandante.

Levi Ackerman - Determinação Inabalável Where stories live. Discover now