Eu não me caso nunca!

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OIEE MEU POVO!

A autora sumida finalmente voltou com uma fic novinha! Queria deixar claro que essa estória foi inspirada na minha novela favorita da Globo "O Tempo não Para" então se vcs assistiram vão reconhecer algumas partes dela daqui.

Estou muito animada com essa estória e espero que vocês gostem, ainda não sei se vou atualizar ela com muita frequência, mas com certeza não vou abandonar. Peço muito pra que vocês votem e comentem nos capítulos que aí vou postar ainda mais rápido hehe. Bom, é isso! Aproveitem o primeiro cap e até mais!

Boa leitura







1886 – São Paulo, Brasil.

Em uma bela manhã de um novo dia de trabalho, Alejandro saiu para fora de seu casarão, colocando o chapéu em sua cabeça. Um dos seus escravos cuidava da adubação da terra para uma nova plantação de cana-de-açúcar e outros carregavam sacos com sementes. Apesar de ser um homem de negócios sério e sistemático, adorava o lugar em que morava.

Deu mais uma volta por ali, averiguando cada detalhe de sua produção como o homem jeitoso e cuidadoso que era, para enfim, voltar até seu casarão, observando as belas árvores em volta dele que iam além do rio próximo.

- Nelito, sua besta! – ralhou o homem após ler alguns documentos ao entrar em seu escritório. – Isto é o quê? O orçamento do Império? – praticamente enfiou os papéis na cara do contador, apertando eles com uma certa impaciência.

- Mas foi o senhor, Comendador, que ordenou que viesse tudo da Corte. "Quero o melhor para a festa de minha querida Camila." Foi o senhor quem disse. – respondeu, nervoso com a reação enigmática do chefe que começou a andar pelo escritório. – As encomendas vieram de Paquete até o porto de Santos. – começou a seguir o homem pelo corredor depois de ele sair porta afora, ao mesmo tempo em que entregava os papéis a ele. – De lá, nós tivemos que conseguir vinte parelhas de mulas para trazer tudo. Ainda tive que aterrar uma parte da várzea do Tietê para não molhar a mercadoria.

Nelito era um homem de meia idade, possuía uma barba branca rala, olhos castanhos e usava óculos de lentes redondas.

- Não quero saber.

- Mas o senhor me perguntou...

- Você é muito sensaborão. – parou de andar, ficando de frente com o contador. – Explica tudo em minúcias e depois ainda entra nos pormenores! Dá até sono. – ele não disse absolutamente nada e Alejandro o abraçou pelos ombros, voltando a andar. – Senhor Nelito, esta festa entrará para os anais do Império, será um dos feitos de Camila na sociedade. A apresentação da minha menina. Depois, um bom casamento, e aí sim eu vou ter o meu esperado herdeiro homem. Um varão!

Disse com um sorriso orgulhoso no rosto, sabendo que naquele instante sua filha posava para mais uma bela pintura. Camila permanecia sentada no sofá da sala, completamente imóvel, ou pelo menos tentava conter a sua inquietação. Usava um vestido longo azul e seus compridos cabelos castanhos estavam presos atrás, deixando as mechas caírem por seus ombros. Uma das escravas a abanava enquanto ela batia o pé impaciente com toda aquela demora, tendo mil e um pensamentos em sua cabeça de o porquê o pintor ter um bigode tão estranho no rosto. Na verdade, ela se segurava para não rir de todas as caras e bocas que o homem fazia ao pintar seu retrato na tela e uma mecha acabou caindo por seu rosto, fazendo ela soprar.

Tempo IndomávelWhere stories live. Discover now