Parte II de "Grite - Hatake Kakashi".
Kakashi encontrou na bailarina algo que ele nunca pensou ser possível sentir. Kalmia lhe deu mais do que uma família, muito mais do que sua própria versão do Jardim dos Amassos. Ela lhe deu um propósito, uma con...
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─ Eram as sapatilhas, fitas, elásticos e o que mais? ─ ele franze o cenho, olhando item por item do que havia posto na pequena bagagem da sua esposa.
─ Toalha e curativos ─ o som da voz dela ecoa embargado, ocupada em prender o cabelo em uma trança que descia pela extensão de suas costas.
Seu trem sairia em exatos dez minutos antes do momento em que Naruto irá anunciar a posse do Oitavo Hokage.
─ Quanto a isso ─ Kakashi volta no assunto em que eles estavam falando, enquanto separa um rolo de fitas para ela, tenta consolá-la quanto a sua ausência na cerimônia de hoje. ─ Você não precisa ficar se martirizando ─ pontua, firmemente. ─ Você tinha compromisso e ao contrário de mim, não precisa parar sua vida ou ajustar suas coisas com os eventos dos ninjas ou do governo.
Kalmia ouve o que ele fala, mesmo assim, não se pode dizer que estava satisfeita com a data da sua apresentação, afinal de contas, seu marido é um ninja, um hokage, seus filhos são ninjas também, o evento de hoje é especial para eles, logo, seus eventos não deviam exigir atenção num dia assim, ela pensa.
─ Onde Kakeru está? ─ estava com presa, queria se despedir do menino mesmo que a ideia deles seja deixá-los ver a posse e em seguida, pegarem o trem para prestigiarem o concerto da mãe.
Kakashi suspira, deixando o quarto onde ela se arrumava e chegando perto da sala, ecoa: ─ Ache seu irmão! ─ ele fala para Kaizuka e retorna avisando Kalmia: ─ Kaizu foi chamá-lo.
Na periferia de Konoha, debaixo de um pôr do Sol quente e avermelhado, uma voz dócil ecoa cumprimentando: ─ Olá, meninos! O que estão fazendo aqui? ─ o senhor designado a cuidar da administração do local pergunta ao flagrar os três meninos tentando passar por ali de fininho.
Mas agora já vistos, eles suspiram, pensando com urgência em uma desculpa que diz:
─ Viemos visitar o túmulo do meu tio ─ Sakumo é o mais rápido em inventar algo, embora tenha sido o único a se opôr à ideia um tanto desrespeitosa de Kakeru.
─Ah! Sim! Deixem uma oração por mim!
─ Sim! ─ os três respondem em uníssono, Tenzou sendo o único com coragem o suficiente para continuar mentindo:
─ Sak... ─ chama, como quem não quer nada. ─ Você não havia dito que o Sasuke pediu a chave da caixinha e... O Rokudaime também...?
As chaves das caixinhas se referem ao que abrem os cadeados de pequenas caixinhas postas embaixo das lápides móveis, normalmente utilizadas para que as famílias possam deixar presentes.
─ Apenas do seu tio? ─ o homem pergunta, entregando a de Itachi. Sakumo engole em seco. Aquilo estava muito errado. No entanto, ele balança a cabeça dizendo que sim.
