Sozinha...

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Guinevere

(Depois de tudo o que aconteceu... Um mês se passou... Eu estava me sentindo um pouco melhor, não completamente recuperada, afinal, lembrar de tudo o que aconteceu ainda era muito doloroso, mas estava me sentindo bem... O Dylan ainda tentou contato comigo, mas eu o exclui de tudo, principalmente da minha vida. Ouvi "rumores" de que ele viajou a negócios, mas pouco me importa... Pelo menos assim, eu fico despreocupada em esbarrar com ele no bairro. Eu havia contado pra Carol, tudo o que aconteceu, e claro que ela apoiou a minha decisão de ter terminado, por mais que ela já tivesse me alertado sobre o outro lado do Dylan... Falei também do Arthur pra ela, ficou chocada quando eu disse que a maioria dos nossos encontros acontecem por meio de acidentes, e me questionou do porque eu não ter falado dele antes; mas os "encontros" com ele, sempre eram muito rápidos, e desastrosos, não dava tempo nem de conversar, apenas de perguntar se estava "tudo bem"... {Suspirei}... Faz tempo, mas desde aquele dia, eu nunca mais o vi. O papel com o seu número de telefone acabou se desmanchando quando lavei a minha blusa, eu havia esquecido de tirar do bolso. É uma pena, queria ter agradecido mais, foi muito gentil da parte dele me ajudar naquele dia... Espero um dia vê-lo novamente).

Arthur

--- E então Arthur?! Notícias da sua donzela? -Perguntou Henrique adentrando a minha sala.
--- Não! Faz um mês que não sei nada dela.
(Desde o dia em que a deixei no posto de gasolina, eu nunca mais soube nada. No dia seguinte eu havia voltado no posto, e fiquei sabendo que a Gui tinha brigado e foi demitida, fiquei surpreso em saber disso, e triste também, pois ali eu sabia que sempre a encontraria... Esperei dias e mais dias, algum telefonema, ou mensagem... Passei várias e várias vezes em frente a sua casa, olhando para a sua janela, para tentar vê-la, e nada. Estou começando a sentir sua falta!).
--- Poxa... Ai é chato hein! Só porque eu queria conhecê-la. - Disse ele se ajeitando na cadeira.
--- Eu também. (Risos).
(Brinquei. Porém, é verdade, não conheço nada da Gui, apenas sei seu nome e onde mora).
--- E não irá atrás dela?
--- Não sei não!
--- Ah qualé Arthur... Dá pra ver que você está diferente.
--- Para Henrique!
--- É sim! Há tempos que eu não via você desse jeito...
--- Que jeito? Estou normal.
--- Arthur! São praticamente 30 anos de amizade, você acha mesmo que eu não te conheço?! (Sorriu).
--- Sim... Mas só não sei que jeito é esse de que você está falando.
--- Ahhh... Sabe sim, e sabe muito bem! E pelo o que me falou da última vez, você sabe onde ela mora, não sabe?
--- Sim.
--- Então vá atrás dela!
--- Não sei não Henrique, no dia em que ela brigou com o namorado e eu a ajudei; entreguei meu número de telefone, e não me deu nenhuma mensagem se quer.
--- Talvez ela tenha perdido.
(Realmente eu não havia pensado nessa possibilidade).
--- Mas ela mora com os pais. E se eu chegar lá, tocar a campainha e o pai dela atender, o que eu faço?
--- Ahhh, Arthur, está falando sério, você está grilado com isso?
--- Sim! Eu não sou mais um garoto para ficar chegando de supetão na casa dos outros. É como eu te falei, ela aparenta ser bem nova.
--- Verdade... Bem... Mas, se você não tentar, não irá saber. Faz uma ronda primeiro, olha o perímetro, daí você tenta.
(De fato, o Henrique tinha razão, eu estou diferente. Se fosse em outras ocasiões, com outras mulheres, com certeza eu estaria pouco me importando. Mas não com ela! Ela é diferente).
--- Vou ver!
(E com certeza eu irei!).

Camilo

Toc toc
--- Senhor Camilo, com licença.
--- Sim?!
--- Trouxe uns relatórios, para o senhor assinar.
--- Sobre?
--- A contabilidade.
--- Deixe-me ver.
--- Aqui está.
--- Mas essas contas estão erradas!
--- Erradas?! Mas eles revisaram.
--- ESTÁ ERRADO! Não irei assinar, mande de volta.
--- Mas senhor Camilo...
--- Não questione, e mande de volta! Ou melhor ainda, senhorita Vanda, cancele todos os meus compromissos de hoje.
--- Senhor Camilo, há uma reunião marcada para daqui uma hora.
--- Por isso mesmo cancele. E não me ligue. Estou indo para casa.
--- Sim senhor.
(Ótimo, depois de umas longas semanas de trabalho puxado, muita dor de cabeça, e a contabilidade querendo foder o meu juízo... Irei para a casa, e pela hora que é, a Olívia não deve ter chegado ainda, isso significa, que a Gui está sozinha... Perfeito).

TriânguloWhere stories live. Discover now