Promessas II

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Guinevere

no quarto
(O que eu faço agora...Preciso dar um jeito de trancar essa porta… Mas como?! Não faço ideia onde o Camilo escondeu minha chave.
--- E agora?
(Sentei sob a cama, e comecei a olhar para tudo que eu poderia usar para barrar a porta… Mas não conseguia pensar em nada tão útil… Suspirei).
--- Acho que dessa vez, eu não tenho escapatória.
(Mas de repente me vi olhando para a cômoda que havia ao lado da minha escrivaninha, ela era perfeita, grande e muito pesada, e com certeza ela vai impedir o Camilo de entrar! Me levantei e com muito cuidado e sem fazer muito barulho, fui empurrando a cômoda até a porta…).
--- Espero que dê certo. (Suspirei).
(A empurrei com todo o cuidado do mundo).
--- Ahhh… Como pesa!
(Pronto! Assim pensei. Depois do esforço, me sentei sob a cama novamente, com o olhar fixo na porta, e torcendo para que a barragem o impeça… Mas, depois de uma hora, acabei caindo no sono…).

Camilo
(Olhei para o lado, e vi a Olívia adormecida! Sem sombra de dúvida, agora era a minha chance… Me levantei devagar, sem fazer muito alarmante, vesti o meu roupão e fui em direção a porta. Saí e segui pelo corredor, estava tudo calmo, escuro, era o momento perfeito… Passei pelo quarto de hóspedes, até chegar ao quarto da Gui…).
--- Ótimo.
(Falei em tom baixo… Assim que cheguei coloquei a mão sob a maçaneta, e ameacei abri-la! Quando ouço…).
--- Camilo?
(Olho para trás e vejo Olívia, parada na porta do nosso quarto).
--- Olívia?!
(Eu estava surpreso com sua presença ali; podia jurar que ela estava dormindo… Bem, talvez tenha acordado na hora em que fechei a porta).
--- O que faz em frente ao quarto da Gui? -Sussurrou ainda sonolenta.
(Eu tinha que ser convincente, se não, tudo iria por água abaixo).
--- Ahh… Eu havia escutado uns barulhos alto de TV ligada, e pareciam vir do quarto da Gui, mas assim que cheguei perto para ver se era ela, o som sumiu, acho que ela percebeu que eu vinha me aproximando e desligou.
--- Ah sim… Veja, estou tão cansada que nem ouvi nada. A Guinevere tinha parado com essas manias de dormir com a TV ligada, mas parece que voltou com esse hábito…
(Ótimo… Acho que acreditou).
--- Pois é.
--- Mas enfim… Já que o barulho cessou... Venha meu amor, não se preocupe, se ela voltar a ligar a televisão em som alto, eu mesma virei falar com ela… Já não basta a noite estressante que tivemos, agora a madrugada também! Ninguém merece. -Disse ela.
(Consenti com a cabeça. Porém, uma raiva estava a me consumir, eu queria esganar a Olívia naquele momento por ter me interrompido… Mas não vou fazer isso… Não ainda!).

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