- Nathan, já disse para descer daí!- Hannah grita e termina de colocar o brinco.

Robson entra na sala carregando Noah no ombro.

- O outro gêmeo já foi encontrado!

Hannah sorri e pega a criança dos braços de Robson.

- Obrigada, Robson.- ela arqueou uma sobrancelha.- Está muito elegante!

- Por favor, Hannah. Assim você me ofende!

Os dois riem e Hannah pega as duas crianças pelas mãos.

- Onde está a irmã de vocês?

- Estou indo, mamãe!

Ruby entra correndo na sala, vestindo seu vestido azul com laço e os seus cabelos vermelhos soltos.

- Todos prontos?- questionou aRobson após pegar a Ruby no colo.

- Lógico que não, delegado apressado!- Cloe entra pela porta.

Atrás dela estava Peter com a Charlotte no colo. Depois tambem entrou Sofia, Louise, Cecília e seu marido. Era natal e todos estavam ali para comemorar. As crianças do orfanato também estavam presentes, todos começaram a correr pela casa e brincarem no jardim.

Todos estavam felizes, brincando e sorrindo. Mas a Hannah ainda sentia-se sozinha.

Uma mão em seu ombro e despertou de seus devaneios.

- Ele ficaria com o coração partido se a visse agora.- dona Carmen se senta ao seu lado.- ele te amava, Hannah.

Hannah sorria tristonha.

- E eu a ele.

Dona Carmen sorri.

- Eu sei disso. E ele também sabia e é por isso que eu digo que ele detestaria vê-la assim...

Hannah suspira e olha para o céu.

- É que eu acho tão injusto, Carmen. Por que ele? Por que não eu? Por que continua doendo tanto que às vezes mal consigo respirar.

Ela a olha para a Hannah com um olhar compreensivo.

- Eu sei, querida. Olhe para mim, justo quando eu estava aproveitando a presença do meu filho, quando eu tive a oportunidade de finalmente participar da vida dele...

A Hannah se sentiu mal por ter sido tão egoísta e não ter percebido que poderia haver outras pessoas mais feridas, mais machucadas, mais tristes... Dona Carmen olha para os gêmeos.

- Nós pelo menos tivemos a chance de conhecê-lo...

Hannah olha para os seus dois filhos. Ela sempre falou sobre o Caleb para eles, infelizmente os dois ainda eram novos demais para entenderem sobre as dores da vida. Caleb tinha tantos planos para ele e seus filhos...

- Tem razão...

Carmen se levanta e abraça Hannah.

- Não digo que a dor sumirá do dia para a noite, não funciona assim. Mas digo que não existe nada melhor que o tempo.- ela beija a testa da Hannah - Meu consolo é saber que pelo menos não estou sozinha no mundo. Tenho você e meus netos...vocês são a minha família!

Hannah sente seus olhos lacrimejarem e abraça a dona Carmen.

- Obrigada, Carmen. Eu e seus netos te amamos, muito!

- Hannah.- Robson corre até onde elas estavam.- Deixaram um presente para você na porta.

- Sério? Não tem nome de remetente?

- Não. Quer que eu cheque?

- Não, tudo bem. Eu vou até lá!

Hannah atravessa o jardim e pega a grande caixa de presente perfeitamente decorado. Ela estranhou não ter remetente. Ela coloca a caixa sobre a mesa e abre o embrulho e de repente solta grito assustada com o que havia dentro.

- Hannah?- Robson surge segurando uma arma, seguido por Cloe e dona Carmen.

- Tia?

- Hannah, querida?

Dentro da caixa estava um crânio humano. Hannah mal conseguia falar, apenas chorava assustada. Robson se aproxima da caixa e pega o pedaço de papel que estava escrito:

"Feliz natal, querida Hannah!

Não tinha nada de especial para lhe enviar, por isso decidi te enviar o resto do corpo do Pierre. :)

Até breve,
JusticeiroƸ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ"

- Maldito!- Robson pragueja.

Hannah realmente achava que finalmente teria paz, doce engano...

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Doce Obsessão (Livro 1) REESCREVENDO Onde histórias criam vida. Descubra agora