Um serial Killer tem trazido ameaças a cidade, Hannah e os policiais estão andando em círculos, sem falar nos problemas pessoais que só trazem mais ansiedade e acabam atrasando tudo. Será que eles conseguirão prender esse bandido?
🥇 1° no Ranking i...
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HANNAH
Saio do quarto atordoada. Não consegui acreditar no que acabara de ocorrer. Não conseguia acreditar que o Caleb me enganara e traira de forma tão banal, tão cruel.
Todos os meus sonhos, projetos haviam sido destruídos, estraçalhados sem dó ou piedade. Aquele que eu mais confiara na vida, aquele que eu mais amei...
Esmurro o volante aos berros.
-- Eu te odeio. Eu te odeio!
Eu quase não tinha mais lágrimas para derramar. Eu precisava falar com alguém. Minha mãe, não eu não poderia. Mamãe ama o Caleb como se fosse seu próprio filho, além de problema de saúde. Apesar dela ser uma mulher forte, eu não posso e não quero fazer isso com ela. Cloe, ela também ama muito o Caleb, não posso estragar o modo que ela o vê, apesar de todo o mal que ele me causou, ele sempre foi um ótimo tio, às vezes até pai para a Cloe.
Cecília, ah Cecília... Ela realmente entenderia o que eu estou passando agora. Pego o telefone celular e disco seu número, intercalando minha atenção entre o aparelho e a rua a minha frente. Começa a chamar, então eu escuto sua voz:
-- Você não está entendendo, eu preciso muito mesmo de você!
-- Eu sinto muito, Hannah, não tenho tempo. Eu sou uma mulher muito ocupada, por favor, me ligue apenas quando for algo importante.
-- Algo importante?!-- sorrio, magoada -- O quê, por exemplo? Se alguém morrer?!
O outro lado da linha fica muda.
-- Hannah...
-- Esquece, Cecília. Eu realmente não estava pensando direito ao te ligar. Você não é a mesma já faz anos, eu me esqueci disso. Por favor, faça de conta que essa ligação nunca existiu.
Desligo o celular. Não sei quem é essa mulher, mas com toda certeza não é a minha irmã. Eu sempre podia contar com a Cecília. Como minha irmã mais velha, ela sempre me aconselhou e estava ao meu lado para o que precisasse... acho não é mais assim...
Amiga?! Bem, eu acho que eu não sou muito boa em julgar caráter. Alguém passa pela minha mente, Lívia. Disco o seu número e espero chamar. Será que ela já foi para a casa dos pais? Ela não me deu mais nenhuma notícia.
-- Alô?-- sua voz surge, preguiçosamente.
-- Lívia, sou eu, você poderia...
-- Lívia, onde estão minhas calças?-- escuto uma voz masculina ao fundo.
