Introdução

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Um ano antes...

― Já tenho a ordem de prisão em mãos. ― disse.

― Certo.

Eu, o delegado e os demais integrantes da investigação nos retiramos rumo ao nosso destino. Estacionamos diante da casa do suspeito. Essa investigação já dura há um ano, estou feliz por finalmente oficializar que chegamos ao final de mais um caso concluído.

― Lewis, você dará a voz de prisão. Se o suspeito não se render em dez minutos, invadimos o local! ― Ordenou o delegado Miller.

― Certo.

Saí acompanhada de mais dois policias. Sobre o peito protegido pelo colete à prova de balas, estava o meu distintivo de investigador da polícia civil. Parei na entrada da varanda da casa e toquei a campainha. Alguns minutos se passaram e eu me aproximei do batente da porta. Olhei o meu relógio de pulso, passaram-se cinco minutos. Dez minutos dissera o delegado. Achei estranho o suspeito não atender, era certo que ele estaria em casa a essa hora e dependendo das últimas informações dos policiais que ficaram vigiando-o, ele não havia saído. Toquei mais uma vez a campainha e nada. Vi os outros policiais se aproximarem da casa, esperando, entretanto, o comando do delegado. Aproximei da porta e colei o meu ouvido na mesma. Escutei mais ao longe sussurros.

― Tem gente na casa. ― Sussurrei ― Ouvi passos...

Os policiais se atentaram às minhas palavras. Olhei o relógio, passaram-se seis minutos. Por que o tempo está passando tão lentamente?!

Outro sussurro... uma menina? Ela está...chorando.

― Cala-te, miserável! ―Uma voz grave disse, tentando soar o mais baixo possível.

― Tem uma menina lá...― concluí ― Vou entrar na casa!

― O delegado disse dez mi...

― Dez minutos pode ser tarde demais, Nogueira! No três! ― Ordenei.

Tirei minha pistola calibre 40 e me coloquei a posto.

― Um... ― começou Nogueira.

― Dois... ― continuou Willians.

Meu coração batia descompassado. Não havia tempo para pensar em voltar atrás, meu instinto dizia que se demorássemos seria tarde demais!

― Três! ― Gritei.

Após três tentativas falhas, arrombamos a porta. A porta caiu no chão e eu entrei no primeiro cômodo da casa, a sala de estar. Com a pistola em punhos, comecei a vasculhar todos os cômodos.

― Não! ― Escutei gritarem na parte dos fundos da cozinha e me direcionei até lá, acompanhada por mais dois policiais.

Ao chegar, vi o suspeito segurar uma faca próximo a garganta da menina que aparentava ter seus quinze anos. Ela chorava e implorava pela própria vida, cuja estava nas mãos de um homem sem escrúpulos e totalmente enterrado em sobras de terror e maldade, resultado de sua própria identidade, da sua mente e do seu passado.

― Larga a faca, Malcon! ― Ordenei, com a arma mirada exatamente entre seus olhos frios e confusos.

― Não, detetive... larga você a arma! ― Disse entredentes.

Droga de imbecil! ― Pensei.

― Larga a arma, caso contrário você irá ver ao vivo o sangue dessa garota colorir o meu chão! ― Berrou, resultando no tremor e desespero da menina.

― Está bem, está bem! ― Gritei de volta.

Joguei a pistola no chão e a empurrei para baixo da cômoda ao lado com o pé esquerdo.

Doce Obsessão (Livro 1) REESCREVENDO Donde viven las historias. Descúbrelo ahora