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Marjorie já se foi, e eu entro na sala de estar. Cloe assiste a um reality show e eu me sento ao seu lado.

- Você não deveria estar em casa com a mamãe?!

- Foi mal, tia. Não gosto de ser vela de ninguém não viu - ela fala sem tirar os olhos do televisor.

- Vela? De quem?

- De quem mais seria?! Da vovó!

- O que? Como assim?- começo a surtar.

Minha mãe? Namorando? Não, isso está errado.

- Ai tia, não precisa surtar não viu, é apenas um namorado.

- Quem é esse homem? Como ele se chama? Onde mora? Onde trabalha? Quanto tempo eles estão se envolvendo?- Eu parecia uma metralhadora.

Eram tantas perguntas!

- Tia, tia, calma! Uma pergunta de cada vez, e eu não sei se conseguirei responder todas.

- Por que mamãe não me contou?

- Porque talvez a senhora fosse investigá-lo como se ele fosse um suspeito de algum delito?!

- O que? Eu jamais faria isso! - cruzo os braços - ...quer dizer, eu o investigaria, claro.

- Está vendo, tia! A senhora sempre trata todo mundo como suspeito.

- Eu não trato todo mundo como suspeito, Cloe. É que ao decorrer dos anos aprendi a confiar desconfiando, dormir com um olho aberto e o outro fechado, jamais confiar cegamente!

- Tia, o seu trabalho tem a deixado lunática. Senta e respira, nem todo mundo é assassino, sabia?!

- Mas não tem como você saber quem é e quem não é, Cloe! Os assassinos não vêm com um "eu sou um assassino" no meio da testa, sabia?!

Ela suspira.

- Me faz um favor?

- Diga...

- Deixa que a vovó te conte quando ela achar melhor, por favor...

Engulo em seco e suspiro.

- Tudo bem!

A porta da sala se abre e Caleb entra em casa.

- Reunião das Lewis aqui?! Oi, pequena Cloe - diz e lhe dá um beijo no alto da cabeça.

- Oi, Kaká! Dia difícil?

- E como...

[...]

Liguei para a mamãe a fim de avisá-la que Cloe dormiria em casa. Ela não comentou nada sobre o suposto namorado, o que me deixou chateada e aflita.

Deitei-me na cama, mas o sono não veio. Me viro vários vezes na cama e nada. Desisto da tentativa de pregar os olhos e me levanto. Vou até a sacada e olho para a escuridão avassaladora que tomou todo o meu jardim e que está invadindo a minha alma. Em um momento, sinto-me como se tivesse tudo sobre o meu controle, quando algo sai dos trilhos, não consigo evitar o sentimento vigoroso de insegurança. O ar glacial da noite beija os meus braços descobertos e lhe causa arrepios. Mãos quentes me aquecem ao abraçarem meu corpo gélido. É dessa forma que me sinto em relação ao Caleb, quando estou tíbio da vida, o amor de Caleb vem e aquece o meu coração e me traz esperanças.

- Não consegue dormir?- beija meus cabelos no alto da cabeça.

- Sim, meu sono se foi há muito tempo!- digo.

- O que tem perturbado teus pensamentos, vida minha? - ouço sua voz abafada pelos meus cabelos.

- Tudo, na verdade - passo os meus braços pelos os seus - ...mas só de você estar ao meu lado, já alivia muito...

Ele beija meus cabelos novamente.

- Sempre vou estar aqui por você e para você, Hannah. Se quiser...

- É claro que eu quero, Caleb. Você é tudo para mim, meu amor!

Me viro para ele e olho em seus olhos, mal enxergava seu rosto pela falta de iluminação.

- Caleb, você é o meu porto seguro. Por favor, não me deixe... eu não saberia o que fazer sem você, seria como se eu estivesse a deriva em ondas impetuosas e violentas.

Ele beija minha testa. Seu beijo é longo e demorado. Sua ação está carregada de sentimentos que eu não consigo distinguir. Seu olhar se perde em algo lá fora.

- Me perdoe, Hannah...- ele fala repentinamente, me deixando surpresa.

- Por que me pedes perdão, Caleb?- pergunto com o cenho franzido.

- Eu não sou perfeito, Hannah. Cometo erros dos quais me arrependo amargamente... saiba que eu daria a minha vida por você.

- Você está me assustando.

- Calma, eu vou estar aqui para você, amor. Eu te amo, Hannah!

Eu o abraço fortemente.

- Eu te amo, Caleb. Nada e nem ninguém irá nos separar jamais!

Eu queria acreditar naquilo, precisava me convencer disso. Mas as palavras de Caleb causaram um incômodo no meu íntimo, suas palavras soavam em minha mente a todo instante, até mesmo enquanto nos amávamos e nos entregavamos um ao outro, eu ouvia a sua voz dizer: "Me perdoe, Hannah, me perdoe..."

[...]

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Doce Obsessão (Livro 1) REESCREVENDO Onde as histórias ganham vida. Descobre agora