Chapter Thirty: Always

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"Como é cruel (e bonito) que a vida continue
depois de você"

"Como é cruel (e bonito) que a vida continue depois de você"

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Abril de 1998.

Quando Harry acordou, estava sozinho na enfermaria cheia de pacientes. Mas ele sabia que tinha algo de errado.

- Senhor Potter - Madame Pomfrey disse, vendo-o se sentar confuso, saindo de trás da mesa no fim do corredor de camas. - Como está se sentindo? Seu pé já está completamente curado, assim como o sangramento interno, mesmo que a maldição fosse horrível de desfazer. Infelizmente, o senhor ficou com uma cicatriz no rosto, desde que era uma maldição negra, e não conseguimos curá-la com magia e sem Severus...

Ela engasgou, logo se recompondo.

- O que houve? - Harry perguntou, olhando ao redor, sentindo a magia zumbir diferente.

- O senhor não se lembra?

- Eu lembro de tudo, mas... Tem algo diferente.

- Ah, sim - a mulher suspirou. - Estamos de quarentena na escola. Você-sabe-quem fez um ataque simultâneo no ministério e, como estávamos presos aqui, junto da maior parte do corpo de aurores, não foi difícil tomá-lo. Todos que estavam aqui estão alojados nos quartos do castelo, e salas de aulas foram convertidas à dormitórios temporários.

Harry trancou os dentes com raiva.

E, no final, os sacrifícios foram por nada.

Voldemort estava no poder da Grã-Bretanha bruxa.

Contra a sua vontade, uma memória voltou à sua mente.

Era 31 de dezembro, e ele e Draco estavam escondidos no salão da mansão Malfoy, escutando o que os comensais falavam.

"Se tudo estiver correndo bem, teremos o ministério em nossas mãos até a Páscoa"

Lucius Malfoy disse isso, e Severus... Severus tinha lhe dito que era domingo de Páscoa.

Como ele esqueceu algo tão grande?

- Que dia é hoje? - Harry perguntou, tirando o lençol das suas pernas e pisando no chão frio.

- Dia 15 - Madame Pomfrey respondeu, lançando feitiços diagnósticos nele sem parar, aproveitando que ele ainda não tinha corrido pra fora. - A senhorita Granger se encontra nos seus aposentos. Ainda é madrugada, então eu suspeito que ela esteja dormindo.

Harry conjurou um chinelo rapidamente e correu corredor afora. Mal percebeu quando estava frente a frente com o quadro que guardava seus aposentos, e sussurrou a senha rapidamente. A entrada abriu com um clique suave.

Hermione estava sentada no sofá com diversos papéis ao seu redor, parecendo completamente exausta, e provavelmente só estava acordada por causa da caneca enorme de café que estava ao seu lado. Quando ela o viu, pareceu supresa por um momento antes de se levantar correndo e prendê-lo num abraço arrebatador.

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