" Derrotar o inimigo em cem batalhas não é a excelência suprema; a excelência suprema consiste em vencer o inimigo sem ser preciso lutar."
Se esconder, não deu certo. A traição teve um preço alto. A dor da perda machuca sempre.
Harry James P...
"Viver não é esperar a chuva passar... É aprender a dançar na chuva."
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1
4 de Setembro de 1997.
- Oh! - exclamou Lily de repente depois de alguns segundos de silêncio - É sobre ela que vocês falaram na reunião da Ordem, não é? - perguntou ela à Calleb e Hermione, recebendo acenos concordantes como resposta - Meu Merlin!
- Lembro-me perfeitamente do dia que a encontrei... - disse Harry alheio aos olhares que os outros mandavam a si - Ela parecia muito pequena, encolhida num cobertor muito grande no meio da penumbra daquele beco... Abandonada por monstros quando tinha pouco mais de um ano de idade... Acho que seria mais fácil se eu mostrasse...
Ainda sem captar os olhares lançados a si, Harry se levantou indo em direção à penseira. O fio prateado foi tão longo quanto o anterior, e ainda mais brilhante. Depositando-o cautelosamente na bacia de pedra, Harry assistiu a imagem flutuante tremeluzir e mudar mais uma vez, agora se transformando numa imagem sua de doze anos vestido em seu uniforme do Anjo, sem máscara, voando baixo nas ruas de Londres trouxa.
Todos na sala assistiam fascinados Harry assistindo a memória com um sorriso gigante nos lábios. Seus olhos brilhavam de uma maneira que alguns só haviam visto sendo direcionado à uma pessoa: Hermione.
"O vento batia nos cabelos do moreno da memória, fazendo seu rosto ficar ainda mais bonito com o sorriso que enfeitava seu rosto. Diferente das memórias anteriores, Harry, agora, possuía uma cicatriz em forma de raio em sua testa, bem acima de sua sobrancelha esquerda; a mesma que ele possui atualmente. Suas grandes asas negras estavam paradas no ar enquanto ele planava tranquilamente, como se aquela fosse uma segunda natureza.
Quando estava se aproximando de seu apartamento, porém, ele viu algo que o fez pousar.
Num beco extremamente escuro e sujo, daqueles onde, provavelmente, ocorrem atividades ilegais, Harry escutou um resmungo seguido por um choro baixinho. Com sua curiosidade falando mais alto, ele parou e pousou com sua varinha empunhada, acendendo-a com um feitiço não-verbal.
Lentamente, a luz começou a se espalhar pelo beco, iluminando-o o suficiente para enxergar o que estava fazendo o barulho curioso. Era um embrulho amarelo com pequenas bolas decorando-o por toda sua extensão. Harry se aproximou cautelosamente; cobertores não choravam, afinal.
Suas preocupações se esvaíram quando o pequeno embrulho se virou. Era uma pequena bebê que não devia ter mais de quinze meses.
Quando a bebê o olhou, ela choramingou enquanto estendia seus braços na direção do moreno, que imediatamente avançou na sua direção, segurando-a firmemente contra o peito.
