- Acho que é a primeira pessoa que conheço que a cor favorita é laranja – Mira diz divertida. – E eu já estou quase mudando a minha para verde.
- Por quê? – Luke pergunta e ela sorri.
- Por causa do seu olho. Engraçado isso de "olho", geralmente são olhos no plural, mas com você não. E desculpa estar falando demais, mas é engraçado – minha amiga ainda está falando, mas não consigo sentir nenhuma maldade vinda dela. É diversão pura e simples. Já Luke, posso sentir sua vergonha alta e clara, mas também posso ver que as falas da minha amiga o deixam feliz.
- Você realmente não conhece a discrição – o loiro comenta fazendo Mira rir. Tyler olha os dois e não preciso nem sentir seus sentimentos para saber que não gosta da interação.
- Nós podemos continuar? – pergunta o moreno de cabelo comprido e mal-humorado. O que Mira tem de animada ele tem de carrancudo, acho que dariam mesmo um ótimo casal.
- Que Cavaleiro chato – Miranda reclama e depois suspira. – Certo, quem vai falar agora?
- Posso só fazer uma pergunta antes de continuarmos? – Luke pergunta depois de olhar para a janela onde a chuva bate, ele está nervoso e, se eu não estiver enganada, com medo, muito medo. Fico sem entender.
- Qual? – Tyler resmunga e vejo Mira revirar os olhos, isso me faz sorrir, esses dois são realmente uma graça.
- Só queria saber o porquê dos apelidinhos já que aparentemente você e a Mira nem gostam um do outro.
- Ah, isso – acho que é a primeira vez que Tyler sorri desde que chegamos à casa de Mira. E eu era realmente obrigada a admitir que meu amigo ficava bem bonito quando fazia isso e sei que Miranda pensava o mesmo por que a peguei olhando-o. – Pergunte a Florzinha.
- Idiota – foi como minha amiga o respondeu fazendo todos sorrirem. Depois ela se virou para Luke. – O cavaleiro é por causa da versão superpoderosa do Tyler, quando você o vir vai entender e a florzinha é por que ele é um idiota.
- A florzinha é por que ela não quis me dizer o nome dela quando nos vimos pela segunda vez e estava com uma tiara de flores no cabelo então ficou por isso mesmo – Tyler responde e sinto quando Mira se surpreende por ele lembrar o que ela usava aquele dia.
- Entendo – Luke olha de um para o outro como se realmente entendesse.
- Certo, e agora quem fala? – pergunto por que eu quero mesmo mais algumas respostas.
- Que tal você? – Ty pergunta com um sorriso, mas sei que está nervoso e dou de ombros.
- Vocês querem saber sobre mim? É fácil. Sou filha de uma mãe solteira, por que o cretino do meu pai foi embora quando eu tinha um ano. A tia Suze e o tio Dean, os pais da Mira, que ajudaram minha mãe quando ela precisou. Tio Dean foi o único pai que tive o que me faz um pouco irmã da Mira. E sobre as esferas e magia, achei a minha há duas semanas, na rua, num lugar onde qualquer um poderia ter visto, mas fui eu quem vi e depois acabei na maior confusão. Então depois disso fui atacada por um homem-pássaro e quase morri quando não acreditei no Tyler sobre essa coisa toda e é isso, no fim o próprio Ty me salvou e estou treinando a uma semana, mas tirando me transformar não aprendi muita coisa não.
- Então você nunca mais viu seu pai? – Tyler pergunta e faço que não.
- Eu nem se quer me lembro dele e se quer saber prefiro assim, esse cara não é o meu pai. Mas para deixar a história um pouco mais feliz a minha mãe arrumou um namorado há quase dois anos e o Danny é muito gente boa e a faz feliz o que me deixa feliz também.
- O Danny é realmente bem legal, ele estava nos ensinando sobre jardinagem – Mira sorri. – E Zo, avisa para ele que minha orquídea morreu.
- Ele vai ficar decepcionado, estava colando maior fé me você – comento e depois olho para os meninos, estou prestes a perguntar quem vai falar quando um raio cruza o céu com um estrondo tão alto que aprece estar atingindo a sala.
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Esferas Elementares
FantasyQuando coisas estranhas começam a acontecer na vida de Miranda, ela começa a se perguntar se a possibilidade de existirem outros, ou pelo menos outro mundo como os dos livros que ela lê, é assim tão remota. Sua vida nunca foi das mais agitadas, mas...
Capítulo 8 - Conversas dolorosas.
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