MARIA JÚLIA
Enquanto Lucca dirigia o meu carro arrumei Bia no banco de trás, colei um band aid no meu braço para simular que ela havia tomado soro e ele precisava cair naquilo. Lucca me olhou pelo retrovisor quando tirei a peruca loira.
Lucca: você fica mais linda morena -ele abriu um sorriso antes de virar para frente novamente- porque peruca loira?
Não respondi, apenas abri um sorriso tímido... sim tímido e eu não sou assim.
Encostei a cabeça no banco enquanto Bia dormia em meu colo, não demorou para chegarmos em casa e meu pai já estava ligando para Lucca.
Maju: Bi, você precisa ficar super sóbria agora e dizer que foi apenas uma indisposição, ok?
Bia: Tá bom -ela sorriu e fez aquele olhar maldoso desviando para Lucca- você tem coisas para me contar dona Maju.
Victor: O que houve?
Bia: uma indisposição tio Victor -ela falou com a voz um pouco arrastada- não queria acordar meus pais então Maju me acompanhou-
Victor: vão descansar -olhou para Lucca- desculpa te incomodar essa hora, no mínimo você estava se divertindo.
Lucca: estarei sempre à disposição senhor Victor - nossos olhares se encontraram rapidamente, pisquei algumas vezes antes de entrar e desaparecer junto com a Bia-
Coloquei ela no meu quarto e a mesma agarrou meu travesseiro e em menos de alguns segundos já estava dormindo. Saí do quarto para pegar um café e meu pai estava na cozinha.
Victor: da próxima vez atende o telefone Maria Júlia, você me deixa preocupado.
Maju: Está acontecendo alguma coisa que eu não sei?
Victor: não, porque?
Maju: desde quando eu preciso de um guarda costa?
Victor: segurança nunca é demais Maria Júlia -meu pai respondeu sem paciência-
Maju: mas nunca precisei pai, e não é agora com 21 anos que vou precisar -falei firme e ele continuou me olhando-
Victor: Lucca é meu melhor soldado, na verdade tenente agora e eu confio nele.
Maju: E a sua filha não?
Ele não respondeu, saí de lá entrando no meu quarto novamente. Deitei na cama e as lembranças dessa noite não saíram da minha cabeça, Lucca seria um problema sério, um problema que eu gosto de ter.
Não vi ele durante uma semana, não trocamos mensagens e estava bom assim, não queria prejudicar o trabalho dele, eu conhecia bem o meu pai.
Carol: perdida nos pensamentos? -falou perto do meu ouvido e dei um pulo do sofá fazendo minha irmã cair na gargalhada-
Maju: só não é mais perturbada porque é uma -revirei os olhos-
Carol: o tal Lucca está aí fora -falou pegando a sua mochila-
Maju: e o que eu tenho haver com isso?
Carol: papai não quer deixar a gente sair sozinha, você não acha isso estranho?
Minha irmã sempre foi mais reservada, até demais. Nessa parte ela parecia o meu pai, não tinha nada haver com a minha mãe, e eu sim. Mas pra ela me perguntar isso era porque tinha alguma coisa.
Maju: Você está achando isso estranho? -sentei no sofá e fechei meu livro-
Carol: Maju, ele sempre foi protetor, só que ultimamente ele está demais. Qual a necessidade de sairmos um tenente do exército de guarda? Tudo bem que Lucca é um gato, né? -ela me olhou rindo e não segurei a gargalhada, aquela garota me conhece como ninguém-
Maju: então não deixa ele esperando, vai lá.
Carol me deu um beijo no rosto e dei um tapinha na bunda dela, quando a mesma virou e riu. Me joguei no sofá novamente e peguei no sono durante o dia todo.
ŞİMDİ OKUDUĞUN
MANDONA
RomantizmSer filha do general do exército não é uma tarefa fácil, o certo seria andar na linha, ser a melhor aluna da faculdade e não trazer um namorado pra casa nem tão cedo. Porém, Maria Julia mais conhecida como Maju, é o oposto da filha exemplar. Mandon...