O que resta de nós? - SuperCorp(G!P)

Primeiro dia

Kara:

Saio do hotel perturbada. Eu não esperava que Lena agisse daquela forma. Na verdade, eu esperava que ela estivesse com raiva, por tudo o que eu disse antes de ela sumir. Mas ela não pareceu nada surpresa quando contei da Kryptonita Vermelha. Ela está escondendo algo. E o beijo. Ah! Que saudade daquele beijo.
Quando abro a porta do meu apartamento, encontro um Mon-El preocupado. Droga! Eu havia esquecido completamente de responder sua mensagem.

- Oi...- Digo calmamente- Me desculpa por não dar notícias. Tem muita coisa acontecendo.
- Lena!- Ele diz sério. Desde o início, eu sempre fui sincera com Mon-El, ou seja, ele sabia de toda a minha história com Lena.
- É... Lena...- Suspiro me aproximando dele- E nossa filha.

Conto tudo sobre minha conversa com Lena, no hotel. Conto sobre Katherine, e como ela é linda. Por algum motivo, algo dentro de mim, faz com que eu não conte sobre o beijo.
Pensei que Mon-El iria reagir de forma estranha, mas ele ouve tudo atentamente e no final, segura minhas mãos, depositando um pequeno beijo em meus lábios.

- Eu estou com você, Kara!- Ele encara meus olhos- Eu amo você, e nós passaremos por isso juntos. Eu vou adorar conhecer a Katherine, e prometo fazer de tudo para ela gostar de mim. Eu estarei com você até o momento em que você não quiser mais.

Sorrio emocionada e o abraço fortemente. Não digo que Mon-El foi a razão de eu ter seguido em frente, mas ele foi uma ajuda e tanto. Me sinto extremamente feliz por tê-lo ao meu lado, e um pouco culpada pelo que acontece no hotel.
O resto da noite segue tranquilo. Como minha mãe foi dormir na casa da Alex, convido Mon-El para dormir comigo. Seria bom ficar acompanhada, já que a ansiedade do que estava para acontecer no dia seguinte estava me consumindo. 

Acordo exatamente no horário de ir para a CatCo. Pego meu celular e envio uma mensagem ao James, pedindo para ele me cobrir para a Srta. Grant. Faço minha higiene matinal e tomo um café da manhã recheado de calorias, afinal, eu iria precisar de energia para o dia de hoje. Sorrio quando me dou conta de que estou me preparando para conhecer minha filha como se estivesse me preparando para uma luta livre. Assim que termino, coloco uma roupa rapidamente, e me despeço de Mon-El.
Decido entrar no hotel pela porta da frente, como uma pessoa normal, e subo diretamente para o quarto certo. Respiro fundo exatas três vezes e bato na porta. Lena abre quase que de imediato, como se estivesse me esperando, e sorri levemente. Paraliso assim que a vejo vestida em uma calça social preta, junto com uma camisa branca com botões prateados e um casaco preto por cima. Seus cabelos estão presos em um rabo de cavalo e suas bochechas levemente coradas. Saio do meu transe quando ela me dá bom dia.

- Bom dia!- Respondo de volta.
- Entra!- Ela diz me dando espaço.
- Obrigada!- Digo, entrando sem jeito. Assim que estou dentro do quarto, vejo Katherine na cama, de pijamas, enquanto assiste a algum desenho infantil.
- Kat, filha, vem aqui!- Lena chama a atenção da pequena garota, que logo obedece. Com Kat acordada, consigo ver melhor sua aparência e como ela realmente é uma mistura de nós duas- Essa é a Kara, uma... amiga...da mamãe.
- Oi Kat!- Digo depois de um tempo digerindo a expressão "amiga", e me abaixando para ficarmos na mesma altura.
- Oi...- Ela responde timidamente, indo para perto de Lena.
- Você é muito linda, sabia?- Falo sorrindo e encaro Lena- Parece sua mãe.
- Você também é muito linda. Parece a garota da foto que a minha mãe ficava olhando no avião- Katherine diz, fazendo Lena ficar vermelha.
- Tudo bem... Então...- Lena interrompe, cortando o assunto- Eu preciso ir para a Luthor-Corp, não posso me atrasar no meu primeiro dia. Você pode ficar aqui o tempo que quiser, logo a babá nova chega para cuidar de Katherine.
- Babá?- Pergunto- Eu... Eu posso cuidar dela.
- Ah... Eu não sei...- Lena me encara- Você tem seu trabalho, sabe, aquele trabalho super.
- Lena, eu posso cuidar dela!- Reforço- Se você permitir, é claro.
- Tá bom!- Ela diz vencida- Qualquer coisa, meu telefone está anotado em um papel, em cima do criado mudo.