Victor Augusto: Convencido, festeiro e orgulhoso. Sem dúvidas é um cafajeste de carteirinha...até conhecer Bárbara Passos: Doce, mas vibrante. Tímida, mas determinada. A garota que em uma só noite conseguiu virar a vida de Victor de cabeça para baix...
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Carolina praticamente fez tudo por mim. Ela escolheu o meu vestido, escolheu o salto, a cor do meu esmalte e até mesmo a maquiagem. Mas lá no fundo eu sabia que não estava tão bem assim.
Por mais que eu tenha descontado toda a minha raiva em Natasha - e não me arrependo nem um pouco disso - o fato de eu estar longe de Coringa ainda me deixa vazia. Com saudade dele.
Descobri que a gente precisa se arriscar a amar alguém, e confiar nessa pessoa, mesmo que por segundas chances.
Se significa que essa pessoa te faz a garota mais feliz do mundo, sim. Se significa que ela te ama e garante toda a confiança, sim. Mas eu não sei, acho que é tarde demais.
Mesmo sabendo que eu não estava entusiasmada para ir ao baile, no dia seguinte, Carol fez questão de me levar à um cabeleireiro para arrumar o meu cabelo. Nós já tínhamos comprado os vestidos, por isso eu não podia arregar e ficar em casa.
— Moça, pode fazer o penteado mais bonito que você conseguir nela. — Carol diz.
Eu me sinto meio coberta de coisas, como se eu colocasse a máscara da boa impressão, mas na verdade estar mal. Porém, eu não protesto nada, até porque seria chato estragar tudo nesse momento.
[...] Algumas horas antes do baile começar, eu me arrumei da melhor forma que pude, mantendo meu cabelo ondulado com os brilhos que a cabelereira fez nele.
Porém, Carol não pareceu muito satisfeita com o modo com que eu me arrumei.
— Ai, não. Você não vai assim. Não mesmo. — ela reclama, já arrumada, saindo do banheiro depois de ter passado um tempão lá.
Eu me sento na cama e solto um suspiro, junto com uma vontade imensa de chorar.
— Chega, eu cansei. — coloco as mãos no meu rosto e meus olhos começam a se encher de lágrimas lentamente. — Eu não estou bem e não quero parecer que estou bem, porque eu não estou! — falo, com a voz embargada.
Carolina se senta ao meu lado e me abraça.
— Me desculpa. Acho que peguei pesado com a idéia de "sair por cima".
— Não, não é culpa sua. Eu podia ter desistido antes. É que tudo isso...eu cansei, só quero ele. Por mais que ele tenha errado, caramba, eu só quero ele... — lágrimas e mais lágrimas começam a escorrer pelo meu rosto.
Só quero beijá-lo e perdoá-lo.
— Você pode ficar aqui na República amiga, se você não estiver bem...
— Eu vou. Tenho que conversar com ele, já que hoje é o último dia que eu o verei se tudo estiver... — não tenho coragem de continuar dizendo, apenas caio no choro de novo.
Carol continua me abraçando, então eu limpo minhas lágrimas e respiro fundo.
— Tá bom. Quer que eu te maqueie ou você prefere ir assim? — ela pergunta.
— Pode me maquiar. — respondo, e então ela produz uma maquiagem sofisticada na medida certa.
