A outra Riddle ── Lady das Trevas

𝟲. Problemas na plataforma 9 ¾

Quando os gêmeos chegaram a Estação King Cross faltava trinta minutos para o trem partir e Milda não se atreveu a soltar a mão de Tom, toda a estação estava lotada de pessoas e ela receava perder-se de seu irmão. Tom pareceu perceber o nervosismo da mais nova e passou o braço por cima de seu ombro a puxando pra perto dele e lhe dando um beijo na testa o que a tranquilizou um pouco.

— Obrigada— a pequena agradece por Tom tentar lhe ajudar e lhe envia um tímido sorriso que ele a retribuiu.

— Vem, vamos procurar nossa plataforma — ele a puxa pela mão e lhe conduz até um banco, onde deixam suas malas, ao lado de duas gaiolas de corujas que já estavam no bando antes deles chegarem e ficam em pé ali perto, enquanto Milda pegava o bilhete do trem para conferir onde deveríamos embarcar.

— Que estranho, aqui diz plataforma 9 ¾, aqui não tem essa plataforma.

— Não acho que esteja errado, sabe estamos no mundo mágico, talvez tenhamos que fazer magia pra liberar o acesso a essa plataforma ou algo do tipo.

— Mas não sabemos magia ainda, Tom. Por isso que estamos indo pra escola.

— Então você vai me dizer que quando fez aqueles dois garotos levitarem, não estava usando magia? Sabe, Ivy, esse pode ser nosso primeiro ano na escola, mas não é como se fossemos aprender magia do zero, acho que vamos estar é avançados em relação aos outros alunos.

— Não exagera, Tom. Com certeza, as crianças que cresceram no mundo mágico devem saber bem mais que nós. Mas, de qualquer forma, a gente precisa achar a plataforma. Talvez devêssemos perguntar ao segurança.

— Não acho que eles vão poder nos ajudar, certamente são trouxas, não conhecem nosso mundo, Ivy.

— Nem a gente conhecia esse mundo até dois meses atrás — resmungou — Mas, então o que a gente faz agora? Deviam ter colocado alguma instrução na carta. Como esperam que a gente encontre essa plataforma?

— Olha, Ivy — seu irmão lhe chama apontando para algum lugar, mas a garota não entende para o que ele a chamou.

— Olhar o que? Ali só tem a plataforma 9 e 10, não vejo nenhuma placa escrito 9 ¾.

— Não, trouxa. Olha aquela parede entre as plataformas, te juro que eu acabei de ver um casal saindo dela.

— Ei, não me chama de trouxa. Agora isso é uma ofensa dupla, eu sou uma bruxa.

— Tá, tá, só presta atenção. Fica olhando pra lá.

Tom a puxou pela cintura pra perto dele e apoiou sua cabeça no ombro direito da pequena, a envolvendo com seus braços em um abraço, enquanto Milda continuava olhando pra onde ele apontou antes. E ele estava certo, aquele local era suspeito. Suas suspeitas se confirmam quando vê uma menina de cabelos negros puxando um garoto mais novo também de cabelos negros em direção a parede. O curioso foi que quando chegou o momento da colisão com a parede, eles simplesmente desapareceram.

— Viu? — Tom perguntou próximo ao seu ouvido. Ela acena positivamente com a cabeça — Deve ser ali, uma parede que faz pessoas desaparecem e aparecem, não me parece ser algo dos trouxas.

— Talvez, você esteja certo, afinal faz sentido a plataforma 9 ¾ estar entre as plataformas 9 e 10. Mas, como passa por aquela parede? Não acho que deve ser só chegar lá e passar, afinal qualquer trouxa poderia passar assim.

— Na verdade é exatamente assim — ouve-se uma voz desconhecida falar por trás o que fez Milda e Tom se virarem para encarar o indivíduo — desculpa por estar ouvindo a conversa de vocês, mas os trouxas não andam por aí carregando corujas em gaiolas, então suponho que vão para Hogwarts — a menina apenas acena com a cabeça em concordância, enquanto Tom ficou parado, provavelmente estava zangado com o garoto, pois nunca gostou que as pessoas se intrometessem em conversas sem que fossem chamados. Apesar do claro, desagrado na cara de Tom, Milda se impressiona pela tentativa do irmão de se conter de fazer algo, pois ele apertou o seu ombro mais forte como uma tentativa de passar sua raiva momentânea.

— Se é só passar por lá, como nenhum trouxa passa? — a garota questiona.

— Ah, eles não sabem como passar.

— Mas, você num tinha acabado de dizer que era só passar?

— Você só tem que ir em direção a parede sem ter medo de bater nela, e claramente qualquer trouxa não irá para parede sem esperar bater nela. Bom, a propósito sou Chester Davies — se apresenta lhe estendendo a mão.

— Ivy, prazer. Esse é meu irmão Tom, não liga ele é um pouco emburrado — comenta tirando uma leve risada do garoto, o que deixou seu irmão mais irritado ainda.

— Prazer, senhorita. Bom, acho melhor se apressarem o trem sai em 10 minutos. Lembrem-se, é só não ter medo de bater na parede.

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NOTAS DA AUTORA:

Olá bruxinhos!

Desculpa não ter postado ontem, cheguei de viagem pela manhã e como foi muito cansativo, eu simplesmente capotei. Acordei no finalzinho da tarde, mas tive que sair para ir no médico. Estou gripada, ainda não fiz o teste para saber se é Covid ou Influenza, ou nem uma das duas. E não sei na cidade de vocês, mas aqui tanto hospitais públicos e privados estão lotados. Eu cheguei no inicio da noite, mas só fui atendida pelo médico de plantão depois de 23h, pensem no sofrimento.

E na minha cabeça eu tinha planejado postar esse capitulo quando eu voltasse do médico, mas eu cheguei em casa depois de meia noite, então não teve como sair ontem.

Espero que me compreendam, eu realmente me sinto mau por não cumprir com minha palavra 😥

Resolvi fazer o teste de um capítulo mais curtinho. O que acharam?

Em geral, eu prefiro tanto ler como escrever capítulos longos,— e bote longo kkkk, para terem uma noção os capítulos que escrevo varia de 3.500 a 5.000 palavras, e no de hoje foram só 861  — mas gostaria de saber de vocês. Se estiverem achando os capítulos que eu costumo postar muito longo ou cansativo de ler, eu posso reduzir um pouquinho.

O capitulo de hoje foi bem menor que o normal, mas não se acostumem não. Se eu for reduzir o tamanho dos capítulos, não vai ser para isso. Eu estava pensando em torno de  2.500 a 3.000 palavras. 

Mas preciso saber sinceramente da opinião de vocês :)