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O grupo estava parado em frente a uma casa, após algumas longas horas de viajem. Tinham resolvido que deveriam seguir até o tal lugar, mesmo que estivessem  muitos dias atrasados.

Agora parados para descansar, entraram em um prédio pequeno com talvez dois andares.

Não havia casas por perto apenas prédios residenciais, por isso escolheram o que parecia mais seguro. E com mais saídas de emergência.

— Eu vou olhar o segundo andar. — BangChan falou se levantando e seguindo até as escadas de emergência.

Alguns minutos se passaram e todos estavam reunidos em volta da comida que Seungmin preparava.

Estavam nos últimos enlatados, não podiam demorar mais nessa viajem ou teriam problemas.

O silêncio prevaleceu por longos minutos, por algum motivo o clima entre o grupo estava estranho.

Seungmin via de longe Minho mexer as pernas e encarar Jisung de uma forma ansiosa.

Quando os olhos do outro pararam em si, sorriu em forma de pergunta. Minho apenas maneou a cabeça, Seungmin revirou os olhos e o mandou ir até Jisung.

Tudo isso por olhares.

Minho se levantou sem muita cerimônia e foi até o outro. Jisung esse que estava quase pegando no sono.

— Podemos conversar? — Perguntou de repente atraindo a atenção de todos. Chan olhou para Seungmin procurando qualquer traço de desconforto, mas o encontrou sorrindo para si. — Por favor.

Jisung negou com um aceno e olhou para o irmão mais novo, como se o usasse como desculpa.

— E-eu tô cuidando do jeon, agr-

— Para de desculpa, eu cuido dele. Pode ir. — Felix falou puxando Jeongin do colo de Jisung. O mais novo foi colocado nos braços de Felix sem nem ao menos poder falar.

Jisung hesitou mais uma vez, mas por fim se deu por vencido, se levantando e indo atrás de Minho.

Seguiu o Lee pelas escadas até o segundo andar, entraram em uma sala perto da porta de incêndio. O lugar parecia um escritório, com uma mesa de madeira com vários papéis jogados por todos os lados, plantas mortas nas estantes, e um cheiro de mofo.

— E então? — Teve pela primeira vez a coragem de falar. Minho ainda estava de costas para si.

O Lee se virou e se encostou na mesa de madeira, encarando a distância que Jisung tinha parado de si. Sorriu achando graça da vergonha dele.

— Você sabe sobre o que eu quero falar.

— Achei que tínhamos concordado em falar sobre isso depois. — Falou baixo.

— Já fazem dois dias. Achei que já era tempo o suficiente.

— Eu não sei o que dizer. — Segredou abaixando os olhos com vergonha. Ficou um pouco mais desesperado quando ouviu os passos do Lee se aproximando de si.

— O que você sentiu hannie...? — Sussurrou ainda um pouco longe. — O que você sentiu quando eu beijei você?.

— Achei que ia ter um ataque cardíaco. — Riu.

— Não isso, não sobre o ataque de pânico. Sobre o beijo. Sobre nós dois. — Jisung sentiu a mãos de Minho fazerem um carinho no seu braço, se arrepiou com o toque.

Minho viu a hesitação de Jisung em dizer a verdade. Onde estava toda aquela marra que ele sempre esbanjava, ele parecia mais como um gatinho encurralado.

Welcome to Hell - Minsung  Livro 1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora