||Marrentinho
Oi chefe, está muito ocupado agora?🙃

Minha nossa, como ele mandava uma mensagem dizendo só aquilo? E como apenas aquilo era o suficiente para me deixar ansioso? Afinal, se ele estava perguntando se eu estava ocupado era porque queria falar comigo. Estaria pensando em me ligar? Respondi logo para não perder tempo pensando muito.

Eu||
Estou sim, coordenador, mas talvez eu tenha sim um tempinho p vc. Quer agendar um horário p me ligar?🤓📘

||Marrentinho
Voltei de viagem. Não vou trabalhar hj, mas tô passando na empresa. Pensei q vc estivesse livre, mas me enganei... 😉

Puta merda! Ele voltou! Eu achando que o marrentinho queria apenas ligar, fui brincar e quase caí da cadeira de novo.

Eu||
Por favor vem me ver 😩

||Marrentinho
Hahaha manhoso. Vou sim, em meia hora estou chegando. 🕓

Eu||
Já estou esperando, marrentinho. E eu n sou manhoso. ✋😒🚫

Foi automático, fiquei ansioso e inquieto. Terminei o que estava fazendo antes, e não consegui mais ficar parado. Deu até dor de barriga, fui ao banheiro, porém não era nada, apenas puro nervosismo mesmo. Ajeitei meu cabelo, lavei meu rosto, escovei os dentes novamente, mesmo já tendo escovado após o almoço. Arrumei minha roupa, os objetos da minha mesa, estava me sentindo um Jung Hoseok 2.0, mas o tempo parecia não passar.

Andei de um lado para o outro, quase fazendo um buraco no chão da minha sala, fui até a janela, e fiquei olhando o lado de fora do prédio, pensando. O que Jimin tinha decidido durante a sua viagem? Eu sabia que seu término não tinha sido exclusivamente para ficar comigo, e sim porque colocou em prática o conselho que ele mesmo havia me dado: Fazer as coisas tendo a si mesmo como motivação.

Justamente por isso, minha cabeça começou a trabalhar a mil. Jimin ficaria comigo? Não parecia tão evidente para mim, quando estava prestes a vê-lo. Eu ainda era um cara tão irresoluto, não sabia qual atitude o loiro tomaria com relação a nós.

O "nós", existia? Ele ao menos me beijaria para pelo menos matar nossa vontade, até pensar melhor se ficaria comigo? E se tivesse se arrependido?

Eu estava tão inseguro, — que novidade — pensando em tantos cenários para aquele reencontro, depois de duas semanas após o seu término. Sendo que em uma dessas nos falamos apenas no dia em que ele avisou que iria viajar, e na outra sequer nos comunicamos. Então foram basicamente duas semanas sem pararmos para conversar direito.

Enquanto pensava, o telefone fixo da sala, em minha mesa, tocou. Fui depressa até ele e quando atendi ouvi a voz de Lisa.

— Oi chefinho, tem uma pessoa aqui querendo vê-lo. Park Jimin, posso autorizá-lo entrar? — Depois da ameaça que recebi, todo cuidado era pouco com quem aparecia para falar comigo, e Lalisa cuidava dessa parte.

— Oi Lisa… — coloquei a mão no peito, para impedir o meu coração de pular para fora, o pobre coitado precisava de uma camisa de força para corações. Respirei fundo, me perguntando porque Jimin sempre tinha aquele efeito em mim, mesmo já o conhecendo melhor, já ficando mais à vontade consigo. — Pode mandar sim, obrigado.

Esfreguei uma palma na outra, nervoso como um adolescente no primeiro encontro, e bebi um pouco de água, da garrafinha que estava em minha mesa, de tão seca que minha boca ficou. Meu Deus, que ansiedade era aquela?

Estava de pé, de frente para a entrada da sala, escorado na quina da mesa, com as mãos apertando fortemente a madeira desta nos espaços ao meu lado, e torcendo para que a minha morte por infarto fosse adiada, quando vi a porta ser aberta.

88° ANDAR (Jikook)Where stories live. Discover now