- JulianOs raios de sol mal começaram a se infiltrar pela janela quando sinto um sacolejo insistente. "Julian, Julian, acorda, cara! Vamos nos atrasar!" Thomas está em pé ao lado da minha cama, uma expressão ansiosa no rosto.
- Hmm, só mais cinco minutinhos - murmuro, a voz abafada pelo travesseiro.
- Cinco minutinhos nada, levanta logo! O Adrian já tá esperando lá fora pra nos buscar - Ele insiste, puxando as cobertas.
Resmungando, me arrasto para fora da cama, sentindo o peso da noite mal dormida. "A culpa é sua, que quis ficar até duas da manhã falando sobre... sei lá o quê," reclamo, ainda tentando despertar completamente.
Thomas já está pronto, vestido e com o cabelo penteado. - Já tá pronto? - pergunto, esfregando os olhos.
- Claro, faz mais de dez minutos que estou me arrumando. Até tomei banho - Ele diz, com um ar de superioridade.
- É, tô vendo mesmo - digo, notando seu perfume suave que já preenche o quarto.
Anda logo e tome banho, que eu invento uma desculpa pra tia. E vê se não demora, temos oito minutos pra estar prontos - Ele avisa antes de sair do quarto.
Vou até o closet, escolho uma roupa casual mas estilosa, e entro no banheiro. O banho é rápido, mas revigorante. Me visto, e a batalha com o cabelo começa sempre a parte mais difícil. Depois de alguns minutos, estou pronto, o cabelo finalmente domado. Olho para o relógio: 6:49. Um minuto atrasado. A buzina do carro soa lá fora, e vejo Adrian, nosso motorista, através da janela.
- JULIAN, O MOTORISTA CHEGOU - grita minha mãe do andar de baixo.
Pego meu celular e a mochila e desço as escadas correndo.
Já tá pronto? - Thomas pergunta, já na porta.
- Se eu tô aqui, é porque tô, né, mané? - respondo, com um sorriso irônico.
- Aff, grosso. Só fiz uma pergunta, ignorante - Ele ri, balançando a cabeça.
- Tchau, mãe - me despeço com um beijo na bochecha dela.
- Tchau, querido. Boa aula aos dois e nada de confusão, hein? - ela adverte com carinho.
- Tchau, tia. E obrigado por deixar dormir aqui - Thomas agradece com um sorriso.
- Por nada, querido. Pode dormir aqui quantas vezes quiser - ela responde. - Ah, Julian, quase me esqueci, aqui está o dinheiro - ela me entrega algumas notas.
- Mãe, não precisa. Já disse que lá tem refeitório - tento recusar, mas ela insiste.
- Mesmo assim, agora vão. O motorista está esperando - Ela diz, abrindo a porta para nós.
Saímos e lá está Adrian, de uniforme e óculos escuros, encostado no carro, a imagem da paciência.
- Nossa, como esse homem é gato - Thomas sussurra, admirado.
- Se não toma jeito mesmo, hein! - respondo, dando-lhe um leve empurrão brincalhão.
Nos aproximamos do carro, e o dia começa.
أنت تقرأ
proibido se apaixonar (romance gay)
قصص المراهقينJulian Albuquerque é um garoto marcado por cicatrizes emocionais profundas. A dor de traições passadas o levou a construir muros ao redor de seu coração, protegendo-se de futuras decepções. Ele vive em um mundo onde a bondade parece inexistente e o...