capitulo 5

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- Thomas

Numa manhã nublada de segunda-feira, eu acordei com o som familiar da minha mãe batendo na porta.

– Thomas, levanta logo, você vai se atrasar para o colégio! – A voz dela ecoava pelo corredor.

– Já levantei, mãe, não precisa mais ficar gritando. – Resmunguei enquanto me levantava. Eu sabia que o dia seria longo e cansativo. Peguei minha roupa e fui ao banheiro. Depois de fazer higiene e vestir, decidi que hoje seria diferente. Não iria de uniforme, queria expressar meu próprio estilo, mesmo que isso significasse chamar atenção na escola.

Olhando-se no espelho, tentei ajeitar o cabelo rebelde. – Aff, que saco! – resmunguei, batendo o pé em frustração. Eu não estava satisfeito com minha aparência, mas não havia tempo para preocupações. A escola me aguardava, com ou sem uniforme.

Saindo do quarto,  fui para a cozinha, onde encontrei meus pais. Minha mãe, como sempre, servia café ao pai, que lia o jornal com uma expressão séria. O aroma do café e o som da conversa dos meus pais eram confortáveis.

– Bom dia. – Falei, sem um pingo de entusiasmo.

- Parece que alguém não queria sair da cama hoje
– Minha mãe me observa, com um olhar penetrante.

- É claro, acordar cedo nunca foi meu forte, ainda mais quando é para enfrentar aquele colégio. – reclamo, enquanto tomo um gole do café.

- O que aconteceu que te fez perder o gosto pela escola? Você sempre foi tão entusiasmado com seus estudos lá. – questiona minha mãe, juntando-se a nós à mesa.

- Eu era entusiasmado, isso no passado. - corrijo-a.

- Então me conta, o que te fez mudar de ideia? - meu pai indaga, fixando seu olhar em mim.

- -Sabe, é que surgiram uns tipos lá que são... bem, se acham demais. Pensam que, por terem pais ricos, têm o direito de nos menosprezar e maltratar. - Falei desviando do verdadeiro problema.

- Isso é muito lamentável, meu filho. Eles estão te incomodando? - minha mãe pergunta com preocupação. - Se for necessário, posso ir falar com a diretora.

- Não, mãe, não é para tanto. Eles não estão me incomodando muito. - Respondo rapidamente, quase tropeçando nas palavras.

Eu não posso deixar minha mãe ir à escola; isso só traria problemas. A diretora poderia revelar as travessuras que eu tenho feito.

- Valeu pelo café, mãe. Preciso terminar de me arrumar antes que o Bryan venha me buscar. - falei, querendo me apressar

A ansiedade tomava conta de mim enquanto eu saía da cozinha. A possibilidade de minha mãe decidir visitar o colégio e descobrir todas as minhas travessuras martelava em minha mente. No banheiro, escovei os dentes mecanicamente, minha mente girando em torno de como convencê-la a não ir. Calcei os tênis, passei o perfume e verifiquei o celular, Bryan chegaria em dois minutos.

Eu andava de um lado para o outro, impaciente, tentando elaborar um plano. Então, a buzina soou. Corri para a janela e vi Bryan lá embaixo. Peguei a mochila e o celular e desci as escadas às pressas.

- Tchau, mãe! Tchau, pai! - gritei, abrindo a porta e saindo rapidamente.

Bryan estava encostado no carro, esperando por mim. - Bom dia, Thomas. - Falou ele, com um sorriso acolhedor.

proibido se apaixonar (romance gay)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora