É tudo o que eu me lembro.

- Onde está o garoto?— falou uma voz vindo do corredor.

- Na cama desacordado, leve ele para o local, está tudo pronto.

- Sim senhor.

Fingi estar desacordado ainda, mas não pretendia reagir dessa vez, eu estava fraco demais e com seguranças por todo lado só iria resultar em pancadaria, e eu não estava mais aguentando tantas dores em meu corpo.

Sinto braços me levantar e me suspender em seu ombro, mas uma vez sendo carregado até outro cômodo, mas notei algo diferente no corredor, tinha mais cômodos do que da última vez, sendo assim, eu só poderia estar no segundo andar ou em outra casa.

Sou colocado sentado em uma cadeira.

- Larga essa arma e me ajuda aqui porra.

- Tá!

Eles pegam minhas mãos me algemando e abrem minha boca colocando um pano. De repente surge um barulho alto como se algo pesado tivesse caído.

- Merda! Me ajudem aqui.

Ouço os dois homens se afastando de mim rapidamente e seus passos vão ficando distantes, então abro os olhos.

Eu estava em um cômodo um pouco maior que o outro, a cadeira onde eu estava se encontrava no meio do cômodo e havia uma mesa encostada na parede a esquerda, nela estava um revólver...

Eles esqueceram aqui. Me levanto da cadeira indo até a arma lentamente para que não ouvissem meus passos, eles certamente voltariam no quarto e iriam dar falta da arma então não posso sumir com ela, mas se eu tirar as balas...

Pego a arma e abro o tambor, tiro todas as balas e as jogo pela janela, deixo o revólver do mesmo jeito na mesa e volto para a cadeira.

Se não fosse por essas algemas, eu até cogitaria em pegar a arma e pular a janela para fugir.

- Já acordou? — eles retornam.

Um deles vem até mim e abre minha boca colocando mais um pedaço de pano enchendo minha boca, me soltei brutalmente das mãos dele que me seguravam.

- Olha só, ele acordou agressivo.

- Sonhou com o bicho papão foi? — ele pega uma fita adesiva preta e tira um pedaço.

O outro segura minha cabeça firmemente para ele por a fita em minha boca.

Michael: Tudo pronto? — entra no quarto.

- Sim chefe.

Um deles dá um empurrão na minha cabeça e se afastam de mim.

Michael: Deixe essa arma aí. — diz quando um dos capangas vai buscá-la em cima da mesa. — talvez eu use ela.

Os dois saem do cômodo me deixando sozinho com o esterco de palha.

Jade: Me chamou? — ela aparece na porta. Meu coração ainda dispara quando eu a vejo, sinto mágoa, raiva, ódio... e ao mesmo tempo saudades.

Michael: Chamei, quero que vá até a cidade e dê um jeito na intrometida da Donfort.

Jade: Considere feito. — Dou um grito que foi abafado pelo pano, mas foi alto o suficiente para ela parar e olhar para mim. — relaxa Jake, vai ser uma morte rápida.

Ela sai, me levanto bruscamente da cadeira e Hanson me dá um forte soco no rosto me derrubando no chão.

Michael: Nossa, essa doeu até em mim.

Minha chaveWhere stories live. Discover now