Cheguei em casa cansada e logo liguei para o meu irmão:
-Cadê você, Pamela Marques? -recebi uma bronca e fiquei surpresa- Eu te liguei horas atrás e você nem respondeu, fiquei preocupado! -apoiei o telefone no travesseiro-
-Eu estava ocupada...comendo e experimentando umas pizzas com os meus amigos -sorri ao lembrar do que eu realmente havia experimentado-
-Perdoada, mas só por hoje -ele fez birra- Como foi o jogo do meu cunhado? Vi que ele machucou o joelho, não foi?
-Infelizmente sim, mas os médicos acham que foi só um mau jeito e amanhã eu vou em uma consulta com ele. Acho que não foi nada grave -no fundo, eu torcia para que aquelas palavras fossem verdade-
-Falou com a sua sogrinha recentemente? -ri ao lembrar da nossa última conversa-
-Eu liguei para ela enquanto ia para a Vila e disse como o Bruninho estava. Vera ficou preocupada mas depois eles se falaram e deu tudo certo. Não quis estressá-la por causa da sua viagem.
-Ela conversa direto com a sogra, melhores amigas! -Rosa estava no fundo e fez questão de brincar comigo-
-Rosamaria! Limites! -joguei a almofada nela- Nós temos muita coisa semelhante e bom, eu adoro conversar! -me justifiquei e amiga foi tomar banho-
-Você já falou da mamãe? -ele pegou no meu ponto fraco-
-Ele já tocou no assunto, mas eu me esquivei. Não sei se ele me olharia com os mesmo olhos ou se ele ficaria com raiva -bufei- É muito delicado, sabe? Tenho um certo receio -meu irmão entendia a minha situação-
-Esse cara é louco por você, Pamela. Eu tenho certeza que ele vai entender ou pelo menos tentar -não mentiu, o Bruno era muito compreensivo-
-Eu vou falar com ele depois do jogo, bom né? -Daniel concordou- A gente pode ir para o terraço do prédio e conversar lá -parei um pouco para pensar e completei- É uma ótima ideia e o Bruno vai adorar!
-Eu imagino.... -sua cara maliciosa não negavam os seus pensamentos- Jo tá vindo aqui e eu vou levar ela ao cinema, a gente se fala depois, ok? -confirmei e me preparei para dormir-
Após algumas horas de sono, escutei meu celular vibrar e logo fiquei preocupada. Levantei um pouco atordoada e vi que era o Bruno me ligando. Atendi com pressa:
-Bruno? Aconteceu alguma coisa? -perguntei ainda acordando-
-Desculpa te acordar a essa hora -cocei meus olhos- Eu não tô conseguindo dormir, posso ficar com você? -respirei aliviada ao saber que não era nada ruim-
-Hm...claro que pode -respondi sonolenta- Vou ficar te esperando aqui -ele agradeceu e desligou-
Me levantei devagar e fique próximo à entrada.
-Pampam, mil desculpas por te incomodar a essa hora -foi a primeira coisa que eu ouvi- Minha mãe não responde as ligações desde que chegou no aeroporto, eu não sei como ela está -fiz um sinal para que ele falasse baixo-
-O telefone deve ter descarregado ou ela pegou no sono -fechei a porta com cuidado- Eu tenho certeza que quando você acordar, seu celular vai estar lotado de mensagens dela -levantei o lençol- Vera me disse que adora assistir filmes nas viagens e ela deve estar distraída, pode ficar tranquilo -fiz carinho no seu cabelo-
-Obrigada por me deixar ficar aqui -ganhei um beijinho na testa- Dormir aqui é bem melhor -rimos- A gente podia dormir assim todo dia, né? -ele fez carinho no meu rosto-
BINABASA MO ANG
𝑵𝒐𝒔𝒔𝒐 𝒍𝒆𝒈𝒂𝒅𝒐 - Bruno Rezende
RomancePamela teve um infância e adolecência difícil, mas sobreviveu a tudo pelo seu irmão. Chegou a hora de se colocar em primeiro lugar e voltar para o seu país. Ela só não contava com as aventuras e os novos amores que lhe esperavam na capital carioca. ...