cap 26

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-Passaporte, dinheiro, agasalho, escova de dentes e fone de ouvido, está tudo aqui -Júlia sempre me ajudava na hora de arrumar as malas- Essa casa vai ficar tão vazia sem você... -ela fez uma carinha triste-

-Ouw amiga, são só alguns dias. Preciso voltar logo para os nossos últimos jogos antes das olimpíadas. Você acredita que faltam tão poucos dias? Não me aguento -ela quase pulou ao ouvir aquilo- Passar uns dias com o Dan e o Bob me farão muito feliz e você vai ficar bem aqui, mas não muito porque eu não quero ser esquecida -fiz draminha-

-Aquilo na mochila é o ursinho que o Bruno te deu? -foi pega- Ela tá toda apaixonadinha pelo capitão, vai levar o ursinho para não ficar com saudades -ela debochou de mim-

-Primeiro: não é um ursinho e sim um cachorrinho. Segundo: -parei um pouquinho para tentar evitar as próximas palavras que sairiam da minha boca- Eu vou sentir saudades dele de qualquer jeito, isso é só uma lembrança -minha amiga riu de mim novamente-

Nos despedimos e eu saí, sabia que iria sentir saudades dela. Chegando no prédio, passei uma mensagem para o Bruno e fui pegar os documentos no meu quarto. Combinamos de nos encontrar na fisioterapia, então fui em direção à sala.

-Bom dia, morena -ele falou assim que eu entrei na sala e se levantou para que eu pudesse abraçá-lo- Antes que você pergunte, já fiz todos os exercícios, tomei todos os remédios e passei a pomada no meu joelho -eu sempre perguntava aquilo-

-Estou feliz que você está fazendo tudo certinho e  que o Alê vai cuidar desse joelho -deixei um beijo em sua bochecha-

-Pode deixar que eu vou cuidar muito bem dele -recebi um abraço- Vou deixar vocês sozinhos e boa viagem.

-Animada para a viagem? -ele me abraçou por trás e falou perto do meu ouvido enquanto depositava beijinhos no meu pescoço- Tenho certeza que você vai sentir saudades disso -ganhei uma mordiscada na orelha- e disso -fui surpreendida com um beijo demorado-

-Você está muito convencido para o meu gosto -brinquei com a sua barba-

-Isso que dá ter você, fiquei mal acostumado -ele continuava a me beijar, dessa vez mais rápido e intenso-

-Quem disse que você me tem? -afastei minha cabeça para que o capitão tivesse mais espaço no meu pescoço-

-Todo mundo já sabe que você é a minha morena -o ritmo começou a aumentar e ele me colocou em cima da mesa-

Não havia mais espaço para diálogos, nossas bocas não desgrudavam em momento nenhum. Suas mãos apertavam a minha cintura com força, fazendo com que eu quisesse cada vez mais. Cada beijo e mordida me fazia ter certeza que era ele que eu queria, porém parecia que já sabia disso. Beijei seu pescoço e o escutei dar um leve suspiro, pelo visto o capitão estava tão envolvido como eu. Paramos por apenas alguns segundos quando eu acidentalmente derrubei algumas canetas que ficavam em cima da mesa, não segurei o riso e o Bruno também não. Mas isso não durou por muito tempo e logo os nossos corpos estavam mais colados do que nunca, fazendo com que eu sentisse um certo volume em seu short e me alertando que era hora de parar. Me conhecendo do jeito eu conheço, se começasse aquilo, não sairia de cima dele nem tão cedo e perderia o meu voo.

-Bruno...eu tenho que ir -só queria mais cinco minutos ali-

-Hm hm -ele negou e eu tive me afastar- Faz isso comigo não, morena -o capitão resmungou- 

-É sério, Bruno. Eu não posso me atrasar -continuei o beijando até que finalmente consegui sair-

Ficamos parado por um tempo e eu aproveitei aquele momento para gravar cada detalhe do seu rosto. Mesmo sabendo que não dava para esquecer aquele olhar.

𝑵𝒐𝒔𝒔𝒐 𝒍𝒆𝒈𝒂𝒅𝒐 - Bruno RezendeOnde as histórias ganham vida. Descobre agora