cap 27 -pov Bruno-

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-Bom dia, minha morena -eu já a observava há um tempo-

-Deixa um dormir mais um pouquinho vai... -ela respondeu com uma voz sonolenta-

-Você tem umas coisas para estudar, lembra? -Pamela não estava nem um pouco animada para se levantar- Vai tomar um banho enquanto eu passo um café e você prometeu que iria me ensinar a como fazer cuscuz -ela riu e me deu um beijo na bochecha-

-Tá bom, coisa linda -Pampam foi para o banheiro e eu fui em direção à cozinha-

Nós gostávamos do café bem amargo, algo raro. Ela saiu do banho e me ajudou a fazer a sua comida favorita. No começo eu tive um pouco de dificuldade, mas depois peguei a prática e consegui fazer.

-Acho que esse é um dos meus pratos nordestinos favoritos -realmente gostei-

-É muito bom mesmo. Quero te levar para conhecer o São João lá no Nordeste, você iria amar toda a dança e as comidas -perguntei o que era e ela me explicou todos os detalhes-

Terminamos de tomar café e eu tive que ir embora. Prometi à minha mãe que a ajudaria na compra de algumas coisa, passar o dia com ela era algo que eu amava. No encontramos no shopping e fomos direto para uma loja de roupas.

-O que você acha dessa blusa? -eu estava planejando algo mentalmente e não escutei- Bruno! -olhei para ela- Onde você tá com a cabeça, menino? -comecei a prestar atenção- Ahh, já sei! Cê tá pensando alguém ou melhor, em alguma menina. Não vai me dizer quem é? -fiquei sem reação- Eu costumava saber de tudo, agora que você cresceu... -minha mãe era dramática-

-Mãe! Eu ia te contar, estava só esperando um bom momento -minha desculpa não colou-

-Agora é um ótimo momento -mais uma blusa foi posta na sacola-

-No meio da loja? -ela concordou e eu continuei- Bom... Tem uma pessoa que eu estou interessado -ela tentou me decifrar pelo olhar- Ela é muito inteligente, divertida, forte -fui interrompido|-

-É aquela Pamela Marques? -fiquei surpreso e ela continuou- Você praticamente babava a TV quando ela aparecia, sempre desconfiei que você gostasse dela -Pamela não poderia saber daquilo-e o seu pai só lamentava quando ela recusou contrato. Antes que você pergunte, eu acho ela uma excelente jogadora e já ouvi as pessoas falarem muito bem dela, aparentemente é uma moça decente -ela era bem mais que decente e a minha mãe teria tempo para descobrir aquilo- Quando você vai pedir ela em namoro?

-Calma, Dona Vera. A gente combinou de ir com calma e eu estou deixando fluir -já estávamos no provador e aquele assunto não acabava-

-Essa calça ficou boa em mim? -ela estava linda e eu fiz questão de lembrá-la- Eu entendo que vocês queiram ir devagar, mas um mulher como essa que você descreveu não fica solteira por muito tempo. Tem que tomar atitude rapaz! -comecei a rir porém sabia que era verdade-

Fomos para a praça de alimentação e ficamos lá por algumas horas. Era maravilhoso poder sentar com a minha mãe e conversar tranquilamente com ela. Sempre tive muito carinho e incentivo dela. Antes de ir para a reunião no clube, Lucarelli me chamou para ajudá-lo a escolher algumas coisas do pedido de namoro de Júlia.

Meu amigo estava completamente apaixonado por ela, os dois formavam um lindo casal. Estava morrendo de vontade de contar a Pamela, mas ele me fez prometer que não. Lucarelli me tratava como se eu fosse um fofoqueiro e fazia questão de me lembrar disso a todo momento.

Deixei a minha mãe em casa e fui para sua casa. Ele ainda estava se arrumando então eu esperei na cozinha enquanto tomava um café com a sua mãe. Pelo que ouvi, ela apoiava muito o filho no relacionamento e não esperava a hora de conhecer a sortuda. 

𝑵𝒐𝒔𝒔𝒐 𝒍𝒆𝒈𝒂𝒅𝒐 - Bruno RezendeDonde viven las historias. Descúbrelo ahora