cap 12

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A única coisa "usável" que encontrei no guarda-roupa dela foi uma bota de couro preta e logo pensei que poderia montar um bom look com ela. Abri as minhas gavetas e achei um body bege de renda com um mega decote, combinei ele com uma calça jeans preta e uma jaqueta de couro também preta. Coloquei alguns acessórios dourados e uma bolsa pequena. Deixei Júlia fazer uma maquiagem leve em mim, pois não era muito boa com isso. Passei a prancha nos meus cabelos, tirando todas as minha ondinhas.

Demoramos um pouco no trânsito, mas conseguimos chegar a tempo. Eu combinei de encontrar o Mateus lá, por isso quando cheguei, ele não estava. Fui para o bar encontrar com o pessoal e levar um bolo grande que eu havia comprado no caminho.

-Não é aniversário de ninguém, porém eu comprei um bolo para a gente comemorar. Isso é sinal que começamos com o pé direito, certo? -coloquei o bolo no centro da mesa-

-A Pamela tem uma mania de só entrar em quadra com o pé direito, não sei de onde ela tirou isso, mas é desde o começo -acrescentou Júlia fazendo com que todos rissem e que ele desse um sorriso de canto-

Sentamos nas mesas e logo o Mateus chegou e deu boa noite, todos responderam, menos o Bruninho, que virou a cabeça de lado. A galera adorava ele, principalmente o Allan, já que eles eram colegas de faculdade. Comemos e bebemos bastante, até que começou a tocar um pagode e o Mateus disse:

-Sei que você adora essa, quer ir dançar comigo? -ele estendeu a mão para mim fazendo com que todos na mesa reagissem, menos ele-

-Claro! -disse me levantando e deixando a jaqueta na cadeira-

Dancei e curti muito, Mateus era um cara legal, o tipo ideal para mim. Cansamos e então eu fui ao bar pegar umas bebidas. Ao chegar lá, noto que o Bruno está com um copo de uísque. Faço o pedido e pergunto:

-Tá tudo bem? -notei que ele estava meio para baixo- Eu pensei que você fosse estar pulando de alegria, o jogo foi muito bom -completei-

-É, foi mesmo -disse enquanto se levantava da cadeira e ia em direção ao banheiro-

Não sei se foi o álcool ou se foi a euforia de estar ao lado dele, mas eu resolvi tirar satisfações:

-Bruno, é o seguinte, - disse enquanto o pressionava na parede com o meu braço direito- eu não sei o que caralhos você está tentando provar, mas ficar estranho comigo do nada não rola. Se você quer agir que nem uma criança e tratar o Mateus mal, fique à vontade. Pensei que você fosse maduro.. -disse enquanto me virava e ia em direção ao bar-

Antes que eu pudesse sair daquele lugar, o Bruninho me puxou pelo braço e segurou na minha cintura, fazendo com que eu não fosse embora. Ficamos nos encarando por alguns segundos e não parecia nada romântico, pois ambos se olhavam com raiva. Eu senti uma das mãos dele apertando a minha cintura e a outra segurando os meus cabelos. Por mais que nós estivéssemos brigados, nossos olhares brilhavam juntos enquanto eu sentia a sua respiração ofegante.

O capitão resolveu soltar meus cabelos e segurar meu pescoço, fazendo com o meu ar acabasse, ele iria me puxar para um beijo até que o meu telefone tocou. Olhei e vi que o Bob, então resolvi retornar depois. Voltei para ele, que em momento nenhum largou minha cintura e disse:

-Vai ficar me olhando ou vai me beijar? -disse olhando o jogador de cima a baixo, na intenção de provocá-lo-

Bruno ficou alguns segundos assimilando tudo e logo depois me puxou com mais força pela cintura e fez com que os nossos lábios se encontrassem e meu corpo se arrepiasse inteiro. Meus braços estavam em sua nuca então eu resolvi trazer um deles para o seu rosto e acariciá-lo levemente. Nossas línguas dançavam em um mesmo ritmo e nossos corpos se encaixavam como peças de um minucioso quebra-cabeças. A mão dele passeava cada pedaço do corpo, me fazendo querê-lo cada vez mais, já estávamos em uma sintonia inabalável. Ouvimos passos vindo em nossa direção e resolvemos nos separar, ele me olhava com seus olhos alegres e castanhos e me doeu ter que sair de seus braços.

𝑵𝒐𝒔𝒔𝒐 𝒍𝒆𝒈𝒂𝒅𝒐 - Bruno RezendeWhere stories live. Discover now