Nascida em 2020.
Congelada no tempo em 2038.
Apocalipse Nuclear em 2052...
Espera. O quê?
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Não era para mim acordar tão cedo assim. Eu tinha que dormir por mais 15 anos ainda. Mas isso não importa. O que importa é que acordei em um mundo totalmente...
Foi nesse vídeo que eu conheci a nossa Heda. Eu queria só escutar a música da Ruelle, Live Like Legends, na verdade, mas sempre foi o destino.
* * * *
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"Mas você tem dois olhos," Deka falou com confusão. "Então, por que você diz 'Eu vejo com meu olhinho' se você tem dois olhos?"
"Pela milionésima vez," falei enfatizando cada palavra, "é porque rima! Você não pode dizer eu vejo com meus dois olhos, pode? Não rima!"
Deka pareceu ponderar o que falei e eu só ri do quão confusa ela está.
Estamos passeando por Polis e enquanto fazemos isso, sugeri que jogássemos o 'Eu vejo com meu olhinho', foi então que descobri que Deka não fazia a menor ideia do que era isso.
Para encurtar a história, ela ficou confusa do porquê era 'eu vejo com meu olhinho' quando nós temos dois olhos.
"Tá, antes que você se machuque por pensar tanto, vamos mudar de assunto," dei um leve tapinha no ombro de Deka, só para ter ela me dando um olhar duro, mas é claro que de brincadeira.
Voltei a olhar ao nosso redor.
Vejo que todos estão cuidando de suas próprias vidas como sempre fazem.
Não são mais muitas as pessoas que ficam me encarando como se quisessem me esfolar viva, porém as que fazem são minoria que não fazem diferença alguma.
Depois de ontem e de ter mostrado para Lexa que eu poderia ser uma grounder, fiquei feliz por não precisar me vestir como uma o tempo todo. Na verdade estou mais feliz por poder usar as minhas próprias roupas do que qualquer outra coisa, então isso quer dizer que neste exato momento estou usando meu jeans rasgado, uma camiseta do Panic! At The Disco e uma jaqueta simples ㅡ com as minhas próprias roupas, nada coça e nada pinica.
Enquanto continuamos a caminhar, não pude deixar de notar um pequeno grupo de grounders me olhando de um jeito suspeito e murmurando entre eles mesmos.
Tentei ao máximo ignorar eles, mas eles estão começando a me deixar incomodada.
Porém, quando ouvi um deles dizer o meu nome, parei de andar e me virei para eles.
"Posso ajudar em alguma coisa?" levantei uma de minhas sobrancelhas, cruzando os braços e olhando para eles com um olhar condescendente.
Eu poderia acabar me arrependendo futuramente de bater de frente com eles, mas não é isso que está me incomodando no momento.
O grupo pareceu surpreso por eu os ter confrontado, mas que se exploda. Eles não podem simplesmente esperar que eu os ignore para todo o sempre.
Apesar da surpresa, um deles deu um passo para frente, mais para perto, e debochou de mim.
