Em uma mesa ao canto estava Moonbyul em seu ‘smoking’ branco que a destacava de todos. A máscara simples e prateada, tampando não apenas seus olhos, mas parte considerável de seu rosto como testa, olhos, sobrancelha, bochecha e um pedaço do queixo. Ao lado da mulher empresários, convidados de Moonbyul, pois a noite de luxúria não era apenas comemoração. Tinha outro fundamento: buscar investidores. Investidores que fossem tão grandemente patéticos ao ponto de não se importar com o que realmente acontecia ali. Era a noite de máscaras, invenção de Moonbyul que dera super certo, pois a casa estava lotada. Era dia, ou melhor, noite de lucro! 

Em noites como essa Moonbyul dava as ‘strippers’ o prazer de se sentir como uma mulher de verdade, regava-as com pequenas migalhas de tudo aquilo que o dinheiro pode comprar: roupas luxuosas, maquiagens caras, ‘lingeries’ da melhor qualidade, bebidas e coquetéis para todos os gostos e não menos importante, as tão conhecidas drogas. Tinha para todos os gostos. Elas aproveitavam! 

Hwasa estava com um vestido vermelho reluzente tão curto que quem olhasse bem observaria que ela não usava nada por baixo. Estava como veio ao mundo: completamente nua. Sua máscara tinha uma pena vermelha e bastante ‘glitter’ para combinar com sua maquiagem chamativa. Um batom vermelho que deixavam seus lábios volumosos. Quando ela apareceu no salão chamou atenção de todos. Era a estrela da noite. As outras meninas estava em trajes tão chamativos quanto o dela, em cores diversas que harmonizavam com a decoração e tema da festa. Houve uma apresentação rápida de Wheein e suas colegas de coreografia simples que levou os homens a loucura. Elas adoravam ser ovacionadas. Era incrível o que um pouco de luxúria fazia com aquelas pessoas, desde as prisioneiras aos chefes do tráfico humano: ninguém salvava quando o assunto era luxo e tudo mais o que o dinheiro puder comprar! 

Hwasa nunca esteve em meio a tantas pessoas, tomara várias doses de tequila para se acostumar ao ambiente cheio, a casa nunca estivera com tantas pessoas desde sua chegada. Ela estava no meio da pista, o álcool já subira a sua cabeça e ela sentira uma vontade incontrolável de dançar. Começou a balançar seu corpo no ritmo da música ensurdecedor, sentia a vibração das batidas em seu corpo. Em sua mão esquerda estava o copo de bebida enquanto a direita deslizava por seu corpo sensualmente. Um homem bem-vestido se aproximou da morena gradualmente e embalou-se junto a ela no ritmo da dança. A mão esquerda do jovem alto e musculoso pousou levemente sobre o quadril da dançarina e com a outra ele jogou ‘ecstasy’ em seu copo. Não demorou para que eles começassem a atrair a atenção do público que estava perto, o que causou um alvoroço, pois foram recebidos a gritos e assobios, a iluminação pousou sobre eles enquanto dançavam sensualmente. A batida da música começou a diminuir ao ponto que o rapaz a puxou pelo quadril e num rápido giro eles estavam face a face a poucos centímetros um do outro. A música acabou. A luz apagou. Eles se beijaram. Todos adoraram. Todos, menos Moonbyul. 

O rapaz convidou Moonbyul para sua mesa, com o comprimido já dissolvido em seu copo e sem saber de sua existência Hwasa virou o copo entre seus lábios e sorriu. Acompanhou o forte rapaz até sua mesa onde estavam mais três homens. Na mesa havia 6 carreiras de cocaína prontas para uso. O rapaz ofereceu. Hwasa aceitou. Ele cheirou a primeira, apertou o nariz e comemorou. Passou o tubinho para a morena que cheirou a segunda e a terceira, uma em cada narina. A moça sentiu o efeito da substância quase de imediato. Se arrependeu, pois, talvez não fosse a escolha certa. Ela não estava apta a realizar boas escolhas. Estava chapada por sua conta e risco, mas havia sido drogada e não tinha menor consciência daquilo. 

O olhar raivoso de Moonbyul encontrou o olhar doce e chapado de Hwasa. Moonbyul balançou a cabeça negativamente enquanto Hwasa sorria. A morena estava elétrica, beijou o rapaz novamente e os dois se dispuseram a dançar animados na batida da música. 

Solar estava deslumbrante no bar. A barmaid arrasa em seus coquetéis jogando garrafas ao ar em manobras incrivelmente arriscadas.

Enquanto isso, Wheein e sua tropa extorquiam um grupo de velhos na mesa ao lado do palco. Elas dançavam sobre a mesa e os senhores jogavam dinheiro e colocavam notas altas no fio da ‘lingerie’.

Uma segunda apresentação teve início ao passo que Moonbyul andou até o bar, passando perto de onde Hwasa estava. O rapaz que estava com Hwasa passou a mão pelo corpo da mulher e apalpou seus glúteos com precisão. 

— Solar! — Esbravejou a mulher. — Me dê a garrafa de Bourbon. 

— Só um instante, Senhorita Byul. 

A Barmaid pegou nas prateleiras de vidro uma garrafa lacrada do uísque favorito da platinada. Colocou sobre o balcão e abriu a garrafa. Antes que a mulher pudesse comentar qualquer coisa Moonbyul pegou no gargalo da garrafa e se retirou. Virou um quarto do líquido entre seus lábios e saboreou. 

— Matarei essa filha da puta nem que seja a merda da última coisa que eu faça! — disse. Despejou mais alguns mililitros de uísque na boca e mordeu os lábios. Estava furiosa. Seu olhar vidrado em Hwasa que estava tão possuída pelo álcool e pelas drogas que nem ao menos poderia responder seu próprio nome.

O celular de Moonbyul toca. A platinada tenta ignorar enquanto o aparelho vibra loucamente em sua coxa. Um suspiro sai de suas narinas antes que ela retire o aparelho do bolso e deslize o botão para atendê-lo. Antes de levar ao ouvido percebe que o número é de Seul e que não estava salvo. Um semblante de indagação toma seu rosto e a mulher atende o telefone enquanto sobe para seu escritório.

— Moonbyul falando — disse entrando na sala e batendo a porta atrás de si.

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⏰ Last updated: Sep 08, 2022 ⏰

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Between Us || HwabyulWhere stories live. Discover now