24° - Deixe-me ir...

76 8 1
                                    


Queria poder não pensar...

Parar de imaginar coisas...

Estou ficando cada vez mais paranoica...

      Essas ilusões em minha cabeça. apenas elas sabem de sua mentira, mas se é verdade oque me aguarda se ela não acorda o mais rápido que pode? que assim seja, e minha decisão já está tomada.

     Voltar...

     Nunca avia pensado em voltar pra Cidade dos Anjos, mas já avia me cansado de tudo ali. Já era de mais as coisas que estão acontecendo, é muita pressão em minha cabeça. Com a volta do Lúcio, das gêmeas, Maya... Oque rolou entre eu e a Maysa aquela noite, as coisas não resolvidas com o Damien...

     Talvez tenha acontecido muito rápido. "Você que é lenta demais" ou é como a Konche disse, mas cada um tem seu tempo, e ir com calma e devagar é o meu. Eu tenho que me preucupar com muitas coisas agora; Floricultura, Aluguel, Maya no Hospital. Eu só queria gritar, bem alto e me livrar de toda essa agonia que sinto aqui dentro.

      Ela estava calma e serena deitada na cama, como se nada pode-se abalar ela. Me pergunto se ela estava tendo sonhos bons, ou se apenas se mantinha em um profundo breu de seus olhos fechados.


      Ela corre...

      Está sem fôlego...

      Mas continua...

      Seu suor escorria pela testa como um rio a inundando. A garota se esquivava no escuro da paredes espinhosas, como se tentassem a pegar. Seus olhos eram cegos, não enxergavam além dos seus limites, como um humano que pra muitas espécies de animais é daltônico por não enxergar o que tem no escuro. Silêncio era ouvido, o medo era grande, mas apenas o bater de seu coração, quase se expulsando da Caixa Torácica.

      Ela corre...

      Continua...

      Seu fôlego escapa cada vez mais de seus pulmões . Era quente a queimava, oque era aquilo sobre seus pés?

      Desde pequena se perguntava. Para onde vão as almas ao morrer? Qual o segredo por trás da morte? Porque desejar morrer?

      Ela fugia...

      Do quê exatamente ela estava correndo. Suas pernas falham miseravelmente, mas não para de correr; Porquê estava correndo?

      Ela olha para trás. Não!
Não pode olhar, significa morrer... e ela não teme a morte.
Morrer, oque era morrer? Ela continua a correr. Escuro, apenas o Breu era oque seus olhos enxergavam, seu pé queimava. Seria aquilo em seus pés Lava?
Onde ela estava... seus pés estavam derretendo feito bala de goma no fogo.
Sem fôlego, seus pulmões queimavam como lava inserida em ferro, pareciam derreter cada vez mais. Estava ela perto de conhecer a morte?

      Sangue, cheiro de morte...

      Ela caí ao chão, sentiu uma dor em seu pé, avia ela escorregado?

      Seus pés doem, estavam grudados a algo. Ela sente e assim percebe... Seus pés aviam congelado...

      Em contato com o calor, fogo e gelo se chocam, causando uma dor agonizante em seu corpo.
Medo era isso que ela sentia... Medo da morte? ela não temia a morte.
Do quê exatamente era seu medo?
Ela olha o Breu, nada apenas a escuridão, mas seu coração não parava. Estava agitado, qual era seu medo?

CHIARA- Doce Como Um Limão.Where stories live. Discover now