⛓Chamada recusada⛓

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Lavigne suspirou pesadamente, enquanto andava de um lado para o outro em seu quarto, aguardando a quadragésima ligação ser completada.

"Aqui é o Paul. Não posso falar agora, deixa o recado aí e se eu quiser depois te retorno".

Mais uma chamada recusada, desta vez ela cederia a deixar um recado.

- Oi, neném. É Lavigne... saiba que não é justo o quê você está fazendo em não querer falar comigo, eu sei que eu também não fui uma boa amiga, mas eu teria evitado se eu soubesse como. Me perdoa, Paul. Espero que uma dia você possa... - ela parou de falar quando ouviu um "bip" e uma respiração do outro lado da linha.

- O que você quer? - a voz de Paul era ríspida.

- Oi, Paul. Me desculpe por tudo que eu fiz com você... se eu ao menos soubesse o quê você sentia por mim, eu teria...

- Você teria?! - ele riu. - Sinto muito, garota, mas o panaca aqui não está afim de ficar represando na vida de ninguém, agora vê se me deixa em paz. Eu saí da sua vida, deixei de me meter entre você e o Call, quer mais o quê? Não sou do tipo que fica implorando por caridade. Espero que seja feliz. - a ligação foi cortada.

Lavigne afastou o celular do ouvido e o encarou, antes de o esmagar em seus dedos.

⛓🌘⛓

- O quê foi, querida? - Esme questionou a tristeza de Lavigne.

- Nada, Esme.

- Sei que você é mais próxima do Carlisle... - Esme passou uma mecha para detrás da orelha da garota. - mas pode se abrir comigo também.

- Eu não quero falar sobre isso.

- Tente.

- É só que... - Lavigne encarou as palmas das mãos.

- É sobre o Embry?

- Sim. - ela respondeu falsamente.

- Do que tem medo, querida?

- Não é medo, é receio. O Embry é bom demais comigo e eu temo não ser quem ele espera.

- Você vai ser melhor, querida. Porque eu sei o quanto você tem se esforçado para ser alguém do bem, sei o quanto ama esse rapaz e vai fazer o impossível para fazê-lo feliz.

- Obrigada, Esme. - as duas se abraçaram.

- Eu adoraria tanto um dia ouvi-la me chamar de mãe, querida. - Lavigne saiu do abraço e segurou a mão de Esme.

- Você sabe do carinho que tenho por você e por Carlisle, Esme. Sou grata a vocês por tudo que fizeram por Lindsay e por mim, mas eu não consigo ser carinhosa como ela a ponto de chamá-la de mãe.

- Eu entendo, meu bem. Está tudo bem. - Esme sorriu carinhosamente.

- Não pense que sou uma egoísta.

- Claro que não. Eu te amo. - ela deu um beijo na resta de Lavigne e acariciou seu rosto.

- Eu também.

⛓🌘⛓

- Oi. - Lavigne pôs a cabeça para dentro do gabinete de Carlisle. - Posso entrar?

- Sim, entre. - ele desligou o computador e a olhou.

- Podemos conversar um pouco? - ela se aproximou da mesa.

- Claro. Sobre o quê? Sente-se.

- Tudo. - a vampira confessou ao se sentar.

- E o quê seria tudo para você?

- Paul.

- Vejo que o assunto é grave.

- Sim.

- Pode falar, querida.

- Paul foi embora porque se apaixonou por mim, ele não atende mais minhas ligações. Embry disse que foi Paul quem o fez ir atrás de mim em Nova York. Agora eu me sinto uma infeliz por tê-lo deixado partir.

- Lavigne, entenda uma coisa. O Paul só descobriu que se apaixonou por você em um momento inoportuno, talvez ele pensasse que por serem próximos pudesse existir algo entre vocês, entenda que o resultado foi decepcionante para ele, e agora ele precisa lidar com isso de alguma forma.

- Mas o quê eu faço? Sento e assisto minha amizade indo pro ralo?

- Não. Você senta e espera o Paul esfriar a cabeça e entender o óbvio. Deixa o tempo mostrar a ele o que ele precisa saber. - Carlisle se levantou e foi até ela, lhe dando um abraço.

Eternal Flame ー Embry Call [1]Where stories live. Discover now