Eternal Flame ー Embry Call [1]

⛓️Ápice⛓️

Se passaram quatro dias e Lavigne Cullen continuava em estado vegetativo, sua respiração forçada apontava que ainda havia vida erradiando por seu corpo, embora estivesse imóvel.

Embry se sentou em uma poltrona ao lado da cama da garota, o quileute respirou fundo ao ver sua amada sofrendo e ele não podendo fazer nada para ajudá-la.

A ideia de perdê-la antes de tê-la, era como uma brasa se alastrando e rasgando todo seu peito. Àquela garota era o que dava sentido à sua vida, viver sem ela não era uma opção.

Embry segurou uma das mãos de Lavigne junto de seu peito, a levou próximo de sua boca depositando um beijo ávido nela.

ー Me desculpa por isso, nunca foi minha intenção te deixar assim. ー disse ele baixinho. ー Eu não imaginava que lhe causaria danos como este. Eu te amo demais para feri-la, mas se minha presença te afeta tanto, eu posso fazer um esforço para ficar longe, mesmo sabendo que não será fácil. Só volta pra mim, minha pequena. E-eu... não conseguiria viver sem você. ー o garoto encostou a mão da garota em sua testa, transmitindo seu calor à ela.

ー Apaixonadinho, Call? ー Lavigne sussurrou sem abrir os olhos.

Os olhos do quileute se estreitaram e se iluminaram ao ver o sorriso irônico presente no rosto da garota.

ー Lavigne! ー ele sorriu aliviado e soltou a mão dela, um tanto quanto constrangido. ー
Que susto você nos deu, por favor nunca mais faça isso. ー Lavigne sorriu fraco ao ver a expressão de pavor no rosto do garoto se esvairir.

ー Eles estão muito bravos? ー ela arqueou uma sobrancelha.

ー O Paul principalmente. ー ele deu uma risadinha. ー Mas creio que você consiga domar a fera.

ー Eu preciso falar com eles... ー ela fez um esboço de forças para poder se sentar, mas desistiu ao sentir uma fisgada na cabeça. ー Ai! Minha cabeça! Merda! ー ela desistiu e voltou a se deitar.

ー No que você estava pensando, hein?

ー Em nada acho. Talvez em me livrar de você. ー a Cullen sorriu envergonhada por estar sendo sincera.

ー Sinto informar, mas falhou na missão.

ー Eu...

ー Ela acordou! ー Alice gritou ao vê-la consciente.

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Os ventos rasgantes se chocavam contra a pele dura de Lavigne, ela estava faminta por ter ficado dias vegetando em sua cama, a última coisa que ela queria ver na sua frente agora era uma cama e ainda por cima sendo a sua.

Era evidente a confusão que ela criara para si mesma, mas ela ainda mantinha intacta a ideia de que não queria outro lobo em sua vida, roubando o pouco que ainda lhe restava de sanidade, além de Paul O Lahote.

A garota só queria se alimentar no momento, sentir o âmago do sangue fresco escorrendo por sua garganta e emancipando sua sede.

Uma gazela saltitante surgiu há poucos metros de onde ela estava prostada.

ー Sinto muito, docinho. ー a vampira não pestanejou quando voou em cima do animal e atracou suas presas contra o pescoço dele sugando cada milímetro de sangue existente.

Quando deu-se por satifeita, a Cullen limpou a boca com as costas da mão e deu um sorriso sorrateiro que só uma pessoa tinha e era exclusivo de Paul Lahote, àquilo a deixava excitada o bastante para fazer quantas e quantas vezes quisesse e fossem precisas.

Aquele momento satisfatório significava o ápice de sua nova vida.

Embry olhava tudo aquilo com adoração. Ver sua amada sendo longínqua, sendo sua eu selvagem, sendo ela mesma, tudo aquilo o deixava excitado pra caramba.

Mas mesmo assim, ela ainda era uma vampira.

ー Ainda assim me ama? ー Lavigne se levantou lentamente, exibindo os restos do vestido azul presos em seu corpo sujo de terra e resquícios de sangue.

Alice a mataria quando visse o estado que deixara o tecido de marca francesa e no que havia se transformado, todo seu luxo se esvairindo em segundos, não teria servido para nada os cinco mil dólares pagos por ele.

ー Se pensou que agindo assim me assustaria e me faria sair correndo feito um ratinho, se enganou feio. ー Embry abriu seu sorriso arrebatador para a garota, que andou em sua direção.

O quileute só queria poder dizer o quanto ela estava sensual dentro daqueles restos de tecidos presos ao seu corpo e nas barbáries que ele estava pensando.

O quileute não era um Paul Lahote, mas estava pensando como um.

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[Una cosita a dizer: Não se enganem com essa ceninha cabulosa, tensões e dores de cabeça estão por vir]...

Beijos..😘