Eternal Flame ー Embry Call [1]

⛓️Fascínio⛓️

Foram questão de minutos para Lavigne se distrair com uma piada contada por Seth, ao seu lado seu melhor amigo e do outro sua gêmea rindo sem parar, nesse momento os sentidos da Cullen se perderam indo em direção ao pé da escada.

ー Eles chegaram. Ei, Jake! ー Seth os chamou.

Os três garotos se virarem simultaneamente.

Lavigne abriu um sorriso indiscreto, quando teve o vislumbre de ver o rapaz ao lado de Jacob Black e Quil Ateara, de pele castanho-avermelhado, cabelos pretos e olhos castanhos, mas aqueles olhos não lhe eram estranhos, ela cogitava tê-los vistos antes, mas de onde não se lembrava.

   

ー Lavigne, sei que já conhece o Black e o Ateara, então... este é o Embry Call. ー pontou Paul, quando se aproximaram.

ー Muito prazer, Embry Call. ー a Cullen pestanejou pela primeira vez em décadas.

O garoto se tornara um fascínio para a vampira, que não conseguia quebrar o contato visual.

ー O prazer é todo meu... Lavigne Cullen. ー o quileute apertou os olhos e contraiu a mandíbula, encarando a garota apática à sua frente

ー Você está bem? ー Paul sussurrou para Lavigne.

ー Não sei. Por quê não me disse que tinha amigos assim tão... atraentes? ー disse a Cullen, secando o quileute que estava distraído olhando em volta.

ー Se eu dissesse, consequentemente você me daria um pé na bunda.

ー Se considere despedido de suas funções, por tempo indeterminado, Paul O Lahote.

Embry soube desde o início que era Ela quem estava ali diante dele, com os olhos flavescentes e petrificantes, lhe observando disfarçadamente.

Uma parte dele queria se aproximar e colocá-la contra a parede e beijá-la, obrigá-la a dizer que sente o mesmo que ele, mas a outra só queria manter uma distância segura, para que ambos não se machucassem.

Lavigne Cullen. Então esse era o nome da infeliz, por quem ele estava perdidamente, pateticamente e ridiculamente apaixonado.

O garoto se enfiou no cerco de adolescentes procurando algo para beber, mas também uma ótima desculpa para fugir da tentação.

ー Gostando da festa? ー a voz da garota o fez congelar de pavor, quando ainda pensava em qual bebida escolher.

ー É.

ー Aconselho o Casillero del Diablo.

ー Não sabia que sanguessugas sabiam fazer certas distinções.

ー Sanguessugas, claro. ー ela repetiu, hesitante.

Embry quis se esfolar vivo ao ver a expressão de sua amada se entristecer.

ー Sinto muito, mas não acho que eu seja uma boa companhia para esta noite.

ー Eu tenho certeza de que seria, se procurasse ser menos antipático.

ー Lavigne, não é? ー ela assentiu pesarosamente. ー Por quê você não volta pro seu cerco de mutantes amiguinhos, e me deixa apreciar a festa e a bebida? ー Na verdade eram essas as palavras que ele nunca quisera pronunciar, mas as circunstância o estavam deixando nostálgico e irritado.

Puta que pariu! O quê você está fazendo, seu grande estúpido?!

ー Espera! ー ele segurou seu pulso, fazendo-a olhar para a pele em contato dos dois. ー Desculpe, eu não quis dizer o que eu disse. ー ele a soltou com relutância. ー É que... Eu realmente acho que não é uma boa ideia tentar se aproximar de mim.

ー Você não é o único com segredos e problemas aqui, Call. ー ela deixou escapar um sorriso de lado. ー Só evite descontar em quem pode te despedaçar em dois tempos. ー desta vez, seu sorriso era desafiador.

Até o sorriso irônico e a forma ameaçadora que a garota usava para com ele, o seduzia. E como seduzia!

Ela era como uma sereia, que usava de todo o seu domínio e táticas de sedução para atraí-lo para a costa rochosa, em busca de arrancar a pouca sanidade que ainda lhe restava.