- Ah, não comece você também, Ron! - suspirou Hermione. - Pensei que isso já estava decidido.

- Uma coisa é ficar parado nas entradas protegido pela capa, mas desta vez a coisa é diferente, Hermione. Você está na lista dos nascidos trouxas que não se apresentaram para o interrogatório! - ele disse apontando para o jornal.

- E você supostamente está morrendo de sarapintose n'A Toca! Se alguém deve ficar, é o Harry e a S/n, anunciaram um prêmio de vinte mil galeões pela cabeça deles! - irritou-se Hermione.

- Ótimo, ficaremos aqui. Não se esqueçam de nos avisar se conseguirem derrotar Voldemort, tá? - falei.

Enquanto Hermione e Ron riam vi o menino apertar os olhos e levar a mão até a testa, disfarçando com os cabelos quando viu que eu o observava.

- Bem, se nós quatro formos, teremos que desaparatar separados - Ron foi dizendo. - Não cabemos mais embaixo da capa juntos.

Harry se levantou rapidamente.

- O meu senhor não terminou a sopa, o meu senhor prefere um ensopado gostoso, ou então a torta de caramelo que o meu senhor gosta tanto?

- Obrigado, Monstro, mas voltarei em um minuto... ãh... banheiro - então ele saiu apressado escada acima.

Joguei um olhar preocupado para Hermione, que entendeu imediatamente.

- Vai lá - ela disse e me levantei depressa.

O menino estava no banheiro, e graças a Merlin a porta estava entreaberta.
Ele estava caído no chão, berrando; gritos agonizantes demais para suportar.

- Harry... - murmurei me ajoelhando ao seu lado. Coloquei minha mão em seu braço e os gritos cessaram. Seus olhos se abriram e imediatamente encontraram os meus.

- S/n - ele ofegou. - não... era pra você ter vindo...

Rapidamente envolvi Harry em um abraço; sua cabeça descansou em meu tronco e ele retribui o gesto de forma calorosa, se apertando. Ficamos no chão por longos segundos, eu depositei um beijinho no topo de sua cabeça ao nos afastarmos.

- Sinto muito por você ainda passar por isso... - falei enquadrando seu rosto em minhas mãos.

Ele colocou as suas por cima das minhas.

- Está tudo bem.

- Quer me contar o que viu?

- Uma mulher sendo morta... - ele disse como se fosse algo que estivesse preso em sua garganta - ... e Voldemort está atrás de Gregorovith

- Quem?

- Um fabricante estrangeiro de varinhas. Foi quem fabricou a varinha de Krum, e Krum o considera genial.

Fiquei confusa, afinal, dias atrás Harry havia falado que Voldemort mantinha Olivaras preso em algum lugar.

- Mas pra que ele precisa de outro fabricador de varinhas? - questionei - Ele já tem Olivarias, não tem?

- Talvez ele concorde com Krum, talvez pense que Gregorovitch é melhor... ou talvez pense que Gregorovitch seja capaz de explicar o que a minha varinha fez quando ele me perseguiu, uma vez que Olivaras não foi.

Nós levantamos.

- Tudo bem se não acreditar em mim, mas minha varinha realmente...

- Eu acredito - o interrompi -, achei que isso já tinha ficado claro.

Harry me estudou por um longo momento antes de soltar um fraco sorriso, desdenhando com a cabeça.

- Eu não me separo de você, mulher - ele disse, envolvendo meu rosto com as mãos - Nunca!

𝗮𝘀 𝗮 𝗳𝗮𝗺𝗶𝗹𝘆 ! 𝗵𝗮𝗿𝗿𝘆 𝗽𝗼𝘁𝘁𝗲𝗿Where stories live. Discover now