21. Oclumência

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Com o final do feriado se aproximando percebi que Sirius estava cada vez mais distante e triste. Estávamos todos no quarto, Harry e Ron jogavam xadrez bruxo, Hermione, Gina e eu conversávamos quando a Sra.Weasley abre a porta.

- Harry e S/n...queridos podem vir à cozinha? O Prof. Snape quer dar uma palavrinha com vocês.

- Snape? - repetiu Harry sem entender.

- Professor Snape, querido - corrigiu a Sra. Weasley. - Vamos logo, depressa, ele diz que não pode se demorar.

Harry e eu trocamos um olhar confuso, descemos acompanhando a Sra. Weasley.

- Será que é sobre aquele dia? - ele sussura para mim, nas escadas.

- Não sei... - digo, nervosa.

Empurro a porta da cozinha e vejo Sirius e Snape sentados à mesa. O silêncio entre os dois estava carregado de mútua intolerância. Havia uma carta aberta sobre a mesa diante de Sirius.

Snape nós informou que Dumbledore pediu para que estudassemos oclumência nesse trimestre. Olho confusa para Sirius que apenas retribui com um olhar tipo "tudo bem".

- Estudar o quê? - perguntou Harry sem entender.

O desdém de Snape se tornou mais pronunciado:
- Oclumência, Potter. A defesa mágica da mente contra penetração externa. Um ramo obscuro da magia, mas extremamente útil.

Minha garganta havia secado, Harry estudar oclumência eu até entendia, com um bruxo que queria matá-lo era óbvio que ele precisava fechar a sua mente. Ainda mais devido aos sonhos que estava tendo, mas eu...? Isso não fazia sentido algum. Meu estômago revirou ainda mais quando descobrimos que Snape iria nos ensinar. Ele sai e logo o Sr. Weasley entrou totalmente curado e sorrisente.

Não consegui entrar no clima da casa, estava com a cabeça muito cheia. Subi até um dos últimos quartos, o qual sabia que ficava sempre vazio desde que bicuço fora embora. Escorei os braços na janela, sentindo a brisa do vento noturno em meu rosto e então comecei a pensar na vida. Em tudo na verdade, meus pais, o porque de estar tendo que aprender oclumência junto com Harry, acho que eram pouquíssimas vezes que me permitia pensar demais, sempre acabava chorando ou algo do tipo...não gosto de pensar muito. A porta se abre mas não me dou ao trabalho de olhar ou pedir privacidade, estava absorta.

- Tá tudo bem? - ele perguntando escorando no para-peito da janela ao meu lado.

Afirmo de leve com a cabeça, sem tirar os olhos do céu.

- Sabe que se quiser conversar eu estou aqui, não é? - Harry diz, mirando horizonte também - Lembra? Sem segredos.

Passo a estudar o menino.
- Também não sei o porque de Dumbledore querer que você estude oclumência - ele diz como se lesse meus pensamentos.

- É...vai ver ele acha que agora que namoramos somos um só - digo assoprando uma risada, virando novamente o rosto para frente. Harry pega meu queixo me fazendo voltar para ele.

- Nós somos um só! Você é a minha vida agora.

Sorrio mas confesso que estava com vontade de chorar. Ele é muito bom pra ser de verdade. O moreno me puxa para um abraço murmurando "Amo você".

- Também amo você, muito.

───※ ·❆· ※───

Na manhã seguinte estávamos nos organizando para retornar a Hogwarts. Antes de sair, Sirius nos chama para um canto.

- Lembrem-se...se Snape usar as aulas de oclumência para infernizar a vida de vocês usem o espelho.

Eu e Harry nós entreolhamos e concordamos com a cabeça para Sirius. Senti que deveria dizer mais alguma coisa à ele então antes de passar pela porta olho firmimente para o homem.

𝗮𝘀 𝗮 𝗳𝗮𝗺𝗶𝗹𝘆 ! 𝗵𝗮𝗿𝗿𝘆 𝗽𝗼𝘁𝘁𝗲𝗿Onde as histórias ganham vida. Descobre agora