5. A fuga de Draco

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O sábado amanheceu nublado e escuro. Um dos carros especiais do Ministério da Magia estava aguardando à frente da casa.

- Que bom que papai pode requisitar carros outra vez - comentou Ron, espreguiçando-se vagarosamente enquanto o carro saía suavemente d'A Toca.

Ron, Harry, Hermione, Gina e eu iamos desconfortavelmente acomodados no largo banco traseiro.

- É melhor não se acostumarem, é só por causa de Harry e S/n. - lembrou o Sr. Weasley por cima do ombro.

Não me agradava em nada a ideia de omitir a verdade para os Weasley, mas Dumbledore havia deixado bem claro que quanto menos pessoas soubessem sobre meus pais melhor. E quanto à profecia... o jornal continuava a apostar todas as suas fichas em Harry. Os achismos sobre a profecia ter alguma relação comigo corriam soltos, se intensificando após o jornal publicar uma matéria sobre lendas contadas a séculos sobre "genealogias guardiãs", as quais eles afirmavam estarem no mundo para proteger os bruxos das forças das trevas. Nesse caso, acreditando sobre a minha família ser a escolhida para tal tarefa. Embora ninguém além de mim mesma, Harry, Hermione, Ron e Dumbledore soubessem da profecia as pessoas acreditavam firmemente em Harry e eu. Isso me dava frio na barriga todas as noites.

Estavam recorrendo a recursos, tolos em minha opinião, para falarem não só de Harry como de mim também. "Genealogias Guardiãs" pensei desdenhosa, era só o que me faltava. Isso era teoria digna de manchete, a qual seria distribuída para pessoas que já perderam a esperança de ter a sanidade mental de volta em suas mentes.

Se Voldemort não sabia sobre mim até alguns meses atrás agora com certeza ele está totalmente ciente sobre "A Bennet escolhida".

- S/n, chega um pouco pra lá! - balbuciou Ron.

- Se desse eu chegaria, Ron!

- Mãe, nós estamos apertados aqui atrás - resmungou Gina, impaciente - Por favor, a senhora pode aumentar o banco?

- Gina, querida, agora não vai ser possível...

A ruiva mais nova bufou em resposta, Ron resmungava baixinho enquanto nos espremiamos, cutucando uns aos outros, o banco era espaçoso mas não o suficiente para cinco pessoas. Harry que estava do lado da porta, de repente me puxa para seu colo.

- Melhor assim? - pergunta o moreno, visivelmente irritado.

- Muito.

Todos se ajeitam novamente e suspiram com o ganho de movimentação dos braços. Harry abraça minha cintura e detém suas mãos nas mesmas durante todo o trajeto, hora ou outra acariciando meu cabelo.

- Chegamos - anunciou o motorista, após um tempo, parando à porta do Caldeirão Furado. - Tenho ordens de esperar pelos senhores, têm ideia do quanto tempo vão demorar?

- Umas duas horas, espero - respondeu o Sr. Weasley. - Ah, que bom, ele está aqui!

Olhamos para a janela e sorri ao ver que Hadrid nos esperava à porta.

- Harry! - trovejou ele, arrebatando o garoto num abraço forte, ao descermos do carro - Bicuço, quero dizer, Asafugaz, você devia ver Harry, está tão feliz de voltar ao ar livre... - e então se virando para mim sorriu novamente - Estou muito grato por terem-no mandado para mim!

- Que bom que ele está feliz!

- Não sabíamos que "reforços" queria dizer você! - diz Harry rindo e massageando as costas.

- Eu sei, como nos velhos tempos, né? Sabe, o Ministério queria mandar um bando de aurores, mas Dumbledore disse que bastava eu - explicou Hagrid orgulhoso, estufando o peito e enfiando os polegares nos bolsos - Então, vamos andando... vocês primeiro, Molly, Arthur...

𝗮𝘀 𝗮 𝗳𝗮𝗺𝗶𝗹𝘆 ! 𝗵𝗮𝗿𝗿𝘆 𝗽𝗼𝘁𝘁𝗲𝗿Onde as histórias ganham vida. Descobre agora