17. O colar de Libitina

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- Está muito desapontada, não está? - ele perguntou, receoso.

- Não, Harry. - desci para me sentar ao lado dele, no carpete - Claro que não, você só se defendeu.

O garoto se deitou, com a cabeça em meu colo.

- Mas acho que agora deu dessa obsessão por Draco, certo? - perguntei tranquilamente enquanto mechia em seu cabelo.

Ele fez que sim com a cabeça, ficamos mais um tempinho ali conversando. Ele estava mal com toda essa história, então me pediu para ir dormir com ele, aceitei e subimos.

•MODO NARRADOR:ON•

O dia do tão esperado jogo chegou. Grifinória × Corvinal. S/n iria substituir Harry como batedora, enquanto Dino substituiria ela na posição de artilheira.

O café da manhã estava mais agitado que o normal. S/n estava animada, afinal ela jogaria contra Cho, uma menina que não simpatizava muito desde o semestre passado.

- Você vai se sair bem. - disse Harry segurando o rosto de sua namorada - Procure ficar contra o sol e nunca pare no mesmo lugar.

A menina assentiu e depositou um beijo nos lábios de Harry, demorado o suficiente para que Ron a cutucasse, separando os dois. S/n sorriu para o namorado em forma de despedida e se virou, para seguir a massa de alunos agitados que corria para o campo.

Antes que a mesma fosse, Harry agarrou seu pulso com delicadeza fazendo a mesma voltar graciosamente e colidir contra ele.

- Amo você. - ele sussurou enquanto encostava seus narizes gelados.

- Também amo você. - ela respondeu e movimentou a cabeça levemente, fazendo uma espécie de toque de narizes. S/n saiu correndo em direção ao campo e Harry a acompanhou com os olhos. Ele trocaria toda Felix Felicis do mundo para ir com ela e jogar, mas em vez disso, rumou para o escritório de Snape.

- Ah, Potter. - disse Snape, com desdém quando o menino entrou - O sr. Filch esteve procurando alguém para limpar esses arquivos antigos. São os registros de outros transgressores de Hogwarts e os castigos que receberam. Onde a tinta desbotou, ou os cartões foram danificados por ratos, gostaríamos que você copiasse os crimes e castigos de novo e, depois de verificar se estão em ordem alfabética, tornasse a guardá-los nas caixas. Não deverá usar magia.

- Certo, professor - respondeu Harry, com o maior desprezo que conseguiu colocar nas três últimas sílabas.

O menino saiu da sala horas depois, se sentindo estranhamente angustiado. A maior parte das detenções eram de seu pai e de Sirius, e ver o nome dos dois homens que ele tanto amava diversas vezes não o deixou muito animado. O sentimento foi rapidamente substituído quando chegou à Sala Comunal, que vibrava como nunca antes.

- Vencemos! - berrou Ron, pulando à sua frente, sacudindo a taça de prata - Vencemos! Quatrocentos e cinquenta a cento e quarenta! Vencemos!

Harry olhou para os lados; lá estava S/n correndo ao seu encontro; ela se atirou nos braços do menino em um abraço apertado. E, sem pensar, sem planejar, sem se preocupar com o fato de que cinquenta pessoas estavam olhando, Harry a beijou.

Os alunos explodiram em gritos e assobios. Decorridos longos minutos, ou talvez tenha sido meia hora, ou possivelmente vários dias ensolarados, eles se separaram. Ambos soltaram uma breve risadinha tímida entre os lábios do outro e Harry fez um gesto mudo indicando a saída. Um longo passeio pelos jardins com a namorada parecia-lhe o mais adequado a se fazer, ele estava louco para saber os detalhes do jogo e claro, passar um tempo à sós com S/n.

•MODO NARRADOR-OFF•

(...)

Novamente os sonhos me perturbavam, dessa vez me forcei a ficar, a não acordar e ver o que era aquilo tudo, afinal, era apenas um sonho, não posso estar correndo perigo por coisas que minha própria cabeça cria.

𝗮𝘀 𝗮 𝗳𝗮𝗺𝗶𝗹𝘆 ! 𝗵𝗮𝗿𝗿𝘆 𝗽𝗼𝘁𝘁𝗲𝗿Onde histórias criam vida. Descubra agora