Use-me Sr Hacker. - Vinnie Hacker

26 🕷

P.O.V. Scarlett

Quando me acalmei e acreditem, não foi nada fácil, porque a situação toda era bizarramente engraçada, mas apesar de peculiar, tentei conversar com Maria, ela parecia muito consternada, pobrezinha.

- Olhe Maria, sei como é confuso e esmagador descobrir que o cara por quem se tem sentimentos, gosta de coisas diferentes... Mas, às vezes, devemos nos dar uma chance, pode ser que venhamos a gostar de certas coisas...

- Huh, você gosta? – corei brilhantemente e baixei os olhos.

- Bem, no começo foi um pouco confuso. Eu nem sabia o que era aquilo direito, mas ainda assim tentei, porque eu sempre quis Vinnie, e de repente, ele finalmente me queria também. Então, eu dei uma chance, e por fim, acabei gostando, e muito...

- Mas chicotes, mordaças e ter que chamá-lo de Senhor... Parece-me tão...

- O seu problema é que você é mandona.

- O quê?

- Sendo uma Submissa, você vai abrir mão de todo o controle e dá-lo ao seu parceiro, mas isso é só no quarto, fora dele, você ainda vai ser você mesma.

- Eu posso?

- Claro! Vinnie sempre diz, que o maior prazer de um DOM é fazer a sua Sub feliz! Que a maior preocupação dele, é o meu prazer...

- Huh, quando você coloca desta forma, não me parece tão ruim. – sorri.

- Como foi que o pai te disse?

- Bem, ele só me disse que era um Dominador, e que embora gostasse de mim, e muito, devo acrescentar, não sabia se eu estava pronta para aquilo... Se eu não estivesse ele entenderia, mas não poderia mudar quem ele era.

- Entendi. Mas acho que se você gosta mesmo dele, deveria tentar. Der uma chance ao acaso, conheça-o melhor, assim como ao mundo dele.

- Você é muito sabia, tem certeza que só tem 19?

- Sim, pelo menos é o que diz na minha identidade. – pisquei e ela riu.

- Obrigada Scarlett, ajudou muito, as suas palavras.

- Que bom que ajudei.

- Eu vou conversar com o seu pai. – ela se levantou e fiz o mesmo, para a minha completa surpresa, ela me deu um abraço apertado.

Sorri a abraçando de volta. Quando nos afastamos, peguei as suas mãos, dando um ligeiro aperto.

- Espero que dê tudo certo para vocês.

- Bem, eu ao menos vou tentar dar uma chance, não pode ser tão mau assim, não é?

- Você poderá acabar se surpreendendo...

Respirando fundo, ela se afastou e saiu da sala, assim que ela estava longe, caí no sofá.

Pegando o meu celular, disquei o número de Maddy.

Ela atendeu no segundo toque.

- Maddy?

- Hey Scarlett, como vão às coisas por ai?

- Comigo bem, mas e com você?

- Tranquilas.

- Pai e você terminaram, hein? – ela suspirou.

- Foi o melhor...

- Tem certeza?

- Sim, como ele mesmo me disse, se fossemos fiéis ao nosso compromisso, nunca teríamos correspondido aos beijos dos dois loucos... – ri me lembrando do vídeo.